terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Número de homicídios alcança 2010 em pouco mais de um mês

Folha de Votorantim

Num fim de semana marcado por grande movimentação no plantão policial (foram registradas seis prisões em flagrante), o índice de homicídios da cidade continuou sua assustadora ascensão. Nestes primeiros 39 dias do ano, o número de assassinatos já igualou o total ocorrido em todo o ano de 2010. Em apenas um dia, a quantidade de casos pulou de três para seis.

O de maior repercussão foi do comerciante que matou duas mulheres no Jardim Primavera. Maria Luzinete Bento da Silva, 41, diarista, e Cleuza Terezinha de Lima Cruz, idade não informada, foram mortas com vários tiros, por volta das 11h30 de sábado (5). O suposto autor do crime seria o comerciante Carlos Barbosa Delfino, 47, detido ainda no local por policiais militares e autuado em flagrante.

Conforme a polícia conseguiu apurar junto aos moradores do bairro, o motivo do crime foi passional: Cleuza era amante de Carlos e Luzinete tinha ido fazer fofocas sobre ele. Os três moravam na rua Maria Euclides Faria. O assassinato ocorreu na casa de Cleuza.

Quando a Polícia Militar chegou ao local, Luzinete estava caída na entrada da casa, do lado de dentro, rente ao portão. Carlos estava de pé, a cerca de dois metros, com uma pistola semi-automática na cintura. Enquadrado pelos policiais, ele não esboçou qualquer reação ao ser abordado. Quando questionado, revelou que ainda havia outro revólver calibre 38, que ele jogou atrás do guarda-roupa da casa.

Os policiais notaram que o indiciado tinha escoriações e hematomas pelo corpo. Logo após o crime, ele havia sido agredido por moradores do bairro, que pretendiam linchá-lo.

O corpo de Cleuza estava estendido no interior da casa. As duas foram levadas ao Hospital Regional, onde chegaram a óbito. Cleuza ficou com quatro perfurações no abdômen e região do tórax; Luzinete ficou com perfurações na cabeça.

No local do crime, a polícia encontrou três projéteis da pistola, que atravessaram o corpo das vítimas. Na arma, havia dois cartuchos íntegros e cinco deflagrados. No revólver, havia um projétil íntegro e cinco cápsulas deflagradas.

Carlos foi conduzido à Delegacia Central, onde foi autuado em flagrante, antes de ser encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba.

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