Notícia publicada na edição de 09/04/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 012 do caderno A
Leila Gapy
O projeto de lei do Executivo que viabiliza a concessão dos serviços de abastecimento de água, tratamento de esgoto e destinação de lixo em Votorantim deve ser votado na próxima segunda-feira, dia 11, na Câmara de Vereadores. Desde a primeira discussão, o projeto tem causado polêmica. Há quem defenda que não há necessidade da concessão e outros temem novos encargos. Porém, como desde o início, o prefeito votorantinense Carlos Pivetta (PT) defende a ideia com a justificativa de que a cidade tem necessidade de investimentos urgentes que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) não tem como arcar.
Em visita à diretoria-executiva da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA) ontem, quando foi recebido pelo vice-presidente José Augusto Marinho Mauad, Pivetta destacou que, diante do crescimento previsto para Votorantim nos próximos 5 ou 10 anos -- em torno de 10% --, a necessidade de ampliação da rede de abastecimento em tempo recorde exigiria investimentos de R$ 46 milhões. Segundo o prefeito de Votorantim, que veio acompanhado do vice Marcos Mâncio, o projeto prevê a concessão do abastecimento de água, tratamento de esgoto, destinação de lixo e os demais serviços, como limpeza pública e drenagem, por exemplo, continuarão sendo desenvolvidas pelo Saae.
"Investimos mais de R$ 1 milhão numa única célula do aterro sanitário, previsto para durar um ano. Durou apenas 6 meses. A cidade está crescendo cada vez mais e nós precisamos investir em outras áreas também", argumentou Pivetta. E acrescentou: "Precisamos urgentemente seis novos reservatórios de água, ampliação da rede de abastecimento para os novos empreendimentos e ampliação no tratamento de esgoto". Ele afirma que atualmente o orçamento do Saae é de R$ 21 milhões ao ano, com capacidade real de investimentos em torno de R$ 1,2 milhão. "Isso não atende a necessidade do município. Precisamos investir mais, com urgência", defendeu.
Segundo a autoridade, há expectativa que com a concessão, mais de R$ 274 milhões sejam investidos nos próximos 30 anos. Valores que devem acompanhar o crescimento da cidade, que já conta com 12 mil novas moradias em andamento; quase a metade do total existente na cidade, que é de 32 mil imóveis residenciais. "Nossos investimentos daqui pra frente estão relacionados ao abastecimento de água da cidade e de infraestrutura, com o anel viário. É nisso que temos que focar. Do contrário, Votorantim ficará para trás no desenvolvimento regional. E correremos riscos de não atender a demanda industrial e habitacional que está por vir", finalizou.
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