Mayco Geretti
Agência BOM DIANoivas cruzam o Centro de Votorantim atraindo assobios de homens e despertando o imaginário feminino
Bem longe da igreja, grupo de noivas passa por posto de combustíveis sob olhar de curiosos na região central de Votorantim
Gilson Hanashiro/Agência BOM DIA
Na disputa por espaço no tráfego caótico das 17 horas carros, ônibus, motos e... noivas? No fim da tarde desta terça-feira (10) um grupo de dez mulheres – de estudantes a empresárias – percorreu as ruas centrais de Votorantim usando vestidos brancos, véu e grinalda. Das investidas masculinas aos sonhos femininos, causou reações das mais diversas em quem se deparava com a cena inusitada.
A comerciária Carmina de Almeida parou para ver o desfile, que passou por calçadas, cruzou a avenida 31 de Março várias vezes e interagiu com pedestres e motoristas. “Dá um apertinho no coração. No fundo toda mulher alimenta a expectativa de se casar de branco um dia”, revela a mulher de 40 anos que uma vez chegou perto do altar, mas não conseguiu por desistência do namorado.
‘Posso morrer feliz’
A dona de casa Benedita de Souza Gramático realizou um sonho. E ela não era uma das que se vestiram de noiva. Seu desejo era um dia poder ver a filha, a empresária Thaís Nocera, com a indumentária característica. Casada há cinco anos, Thaís optou pela união somente no cartório, frustrando as expectativas da mãe, que é casada há 39 anos e ainda guarda num armário o seu vestido. “Agora posso morrer feliz, ela ficou maravilhosa, bem do jeitinho que eu imaginava.”
O evento foi organizado pelo cabeleireiro Marcelo Soares, que não chegou a pagar cachê às noivas. “São amigas, clientes e funcionárias do meu salão. Elas toparam fazer essa homenagem ao casamento no mês das noivas”, explica. “Quero mostrar que essa instituição está viva e não sai de moda. Do casamento nasce a família e família é tudo.”
Com fins menos nobres, o vendedor Emerson Cordeiro, 24, não poupou os gritos de “Ô, que coisa boa!”, seguidos de assobios. “Vou te falar que deu até vontade de casar, mas estou pensando é na lua de mel”, afirmou, para o riso dos amigos.
Único solteiro entre os funcionários da loja na qual trabalha, Emerson teve de ouvir algumas verdades do colega Jeferson Silva. “Case para ver o que é bom para a tosse”, decretou o mecânico de 34 anos que casou-se aos 17.
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