terça-feira, 26 de julho de 2011

Presas tentam por duas vezes escavar parede para fugir da cadeia pública

Folha de Votorantim

A direção da cadeia pública feminina de Votorantim estuda meios de conseguir a transferência de duas presas flagradas por duas vezes em tentativa de fuga, na última sexta e domingo (dias 23 e 25).
Amanda Natália Silva Campolioni Bezerra, 24, e Talita Greyce de Almeida, 25, foram surpreendidas enquanto escavavam as paredes da unidade. Na primeira vez, elas estavam no corró das faxinas e faziam um buraco que daria acesso ao corredor lateral da cadeia. O buraco media aproximadamente 50 centímetros de largura por 15 centímetros de profundidade.
A empreitada foi assumida apenas pelas duas, que estavam com as mãos machucadas e sujas de terra. Elas foram transferidas para uma cela comum e, no domingo à noite, foram novamente surpreendidas fazendo outro buraco. Para escavar, as presas utilizavam o motor de um ventilador como se fosse uma furadeira.
Segundo o diretor da cadeia, delegado José Eduardo Ruiz, a ação das presas foi descoberta pela carceragem, que ouviu o barulho das escavações. Em vistoria pelo lado de fora da cadeia, policiais civis descobriram a ação das presas.
Os danos das celas foram reparados ontem pelo setor de obras da prefeitura, atendendo a pedido do delegado. As celas estão interditadas até a secagem do concreto.
A cadeia pública abriga 198 mulheres, sendo que a capacidade máxima é 48. Uma série de transferências teve início na última sexta, quando foram levadas três presas para outra unidade. No total, serão transferidas 24 presas.
Além das transferências, a expectativa de esvaziar a cadeia está no cumprimento da recente lei nº 12.406/11, que altera o Código de Processo Penal, em vigor desde 4 de julho. A nova lei estende a possibilidade de fiança para crimes com punição de até quatro anos de prisão e prevê prisão domiciliar para presas gestantes e com grave enfermidade.
De acordo com um primeiro levantamento feito pela carceragem da cadeia, semana passada, a nova lei poderá beneficiar até 29 presas. Os casos serão acompanhados pela Defensoria Pública de Sorocaba.

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