quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vereadora nega envolvimento nas acusações do "Fonegate"

Notícia publicada na edição de 07/07/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 007 do caderno A
Samira Galli
 
Denúncia apontou utilização do telefone de seu gabinete para fazer pesquisa eleitoral
 
A vereadora Fabíola Alves da Silva Pedrico (PSDB) negou o envolvimento nas acusações a respeito da utilização do telefone de seu gabinete para fazer pesquisa eleitoral. Ontem foi o último dia do prazo de defesa da vereadora, que protocolou o documento por volta das 16h30. Ela alega que foram ligações de rotina do gabinete e que o excesso de chamadas corresponde a apenas R$ 8, valor que pretende ressarcir aos cofres públicos. "Do meu gabinete não saiu nenhum tipo de ligação que tivesse prática de pesquisa eleitoral", disse.
 
A denúncia do uso indevido do telefone do Legislativo partiu de munícipes no mês passado, através de telefone e de uma carta escrita de próprio punho, por uma funcionária pública que teria recebido a ligação de pesquisa. A sindicância aberta pela Mesa Diretora da Câmara apurou que entre os dias 13 e 16 de junho, foram feitas 238 ligações suspeitas originadas do aparelho telefônico do assessor da vereadora. Entre as ligações estavam inclusive as chamadas aos telefones dos munícipes denunciantes. Fabíola afirmou que precisou se ausentar do gabinete entre os dias 13 e 17 de junho por problemas de saúde, o que reduziu as visitas à Câmara. Além da ausência, ela justificou o aumento do número de chamadas por causa de problemas com o carro oficial, que precisou de manutenções. "Foi um número pequeno de excesso de ligações. E é até normal que tenha aumentado por causa disso", enfatizou.
 
 
Ela conta que estava entre os parlamentares que brigaram para a implantação do tarifador na Câmara, que rastreou de onde as ligações foram originadas. "Quem brigou para que a Câmara tivesse o tarifador fui eu. Então seria até incoerência se houvesse alguma prática nesse sentido no meu gabinete", destacou.
 
Assim que ficou sabendo do caso -- pela imprensa, segundo ela -- a vereadora pediu um relatório completo das atividades dos assessores. "O que eles me relataram foi que houve um trabalho de rotina do gabinete". Para Fabíola, foi criada uma polêmica por algo que não existiu, por isso, não irá exonerar nenhum de seus dois assessores. "Eu confio neles e não tenho nenhum motivo que os desabone. Confio na palavra deles de que não houve nada nesse sentido", enfatizou.

Ela afirma ainda que é vítima de perseguição por ser da oposição ao governo. "Eu tenho enfrentado muitas dificuldades desde o início do mandato. A postura de oposição acarreta um incômodo em algumas pessoas."

 
Mesa Diretora
 
A assessoria do presidente da Câmara, Marcos Antonio Alves (PT), afirmou que, como ele ainda não tomou conhecimento do teor do documento de defesa da vereadora, irá se reunir hoje com a Procuradoria Jurídica para analisar as justificativas e tomar uma decisão junto à Mesa Diretora. Se necessário, será solicitada a quebra do sigilo telefônico do aparelho envolvido e as denúncias podem ser encaminhadas ao Ministério Público.
 
 

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