Felipe Shikama
Marianna Barreto / Portal Ipanema
Emancipada em 1965, Votorantim comemora seus 46 anos com expressivo crescimento de empreendimentos comerciais e, principalmente, residenciais. Aliás, o município de 184 quilômetros quadrados de extensão chega a 2011 com população superior a 109 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Em 2000, segundo o órgão, a cidade tinha 95.925 habitantes.
“Hoje, Votorantim é uma cidade integrada ao crescimento regional. Não há ilhas, o crescimento da região de Sorocaba é também o crescimento de Votorantim, porque nós estamos integrados à essa realidade. Consequentemente esse ‘boom’ que Sorocaba vive, Votorantim também vive”, analisa o prefeito de Votorantim, Carlos Augusto Pivetta.
Reconhecendo e ponderando os aspectos positivos e negativos inerentes ao crescimento da cidade, Pivetta comenta que o poder público tem atuado como “agente facilitador”, na medida em que acumula esforços para a atração de novos investimentos. “São empreendimentos de várias categorias. Que atendem as classes populares e camadas mais elevadas. Essas [as mais elevadas] geram muitos impostos e não exigem demanda social [construção de escolas públicas, posto de saúde, entre outros]”, comenta.
Por outro lado, acrescenta Pivetta, “os loteamentos populares também nos interessa, pois a gente tem a oportunidade de diminuir com o déficit habitacional da cidade”. Ele ressalta que, antes da intervenção da prefeitura como “agente facilitador”, o acesso à moradia popular era regido apenas pelo mercado e, logo, excludente às famílias mais pobres.
Segundo o chefe do Executivo, os instrumentos legais que o município tem para ordenar a ocupação do solo urbano, como o Plano Diretor e a Lei de Zoneamento, “não fizeram previsão eficaz” do crescimento que Votorantim vive hoje. “Mas nós estamos, na prática, conseguindo fazer esse mapeamento e essa organização porque não nos interessa fazer empreendimentos que não estejam alicerçados na realidade cidade, que causem problemas à cidade”, explica.
Pivetta defende que os novos empreendimentos levados a Votorantim estão sendo feitos de forma organizada. “Em alguns casos, estamos, inclusive, exigindo contrapartida”, pontua. Uma dessas contrapartidas, detalha o prefeito, é o custeio de obras que minimizem impactos de vizinhança.
Ao comentar a atual pujança econômica da cidade, que já teve vocação têxtil e industrial, Pivetta lembra que, em um passado recente, a cidade sofria com a ausência de investimentos e, por conseqüência, a baixa arrecadação orçamentária. “Teve um período em que a cidade pedia, pelo amor de Deus, para alguém trazer um empreendimento na cidade”.
Contrapartida para minimizar impacto da vizinhança. Senao a gente não permite, fazendo um planejamento de forma organizada.
Ocupação do solo
O prefeito de Votorantim conta que, em seu primeiro ano de mandato, elaborou um mapeamento da cidade, para identificar as áreas ociosas do município. “Uma preocupação que eu tive foi a ocupação dos espaços vazios [da cidade]. Porque não adianta receber novos empreendimentos, em regiões mais afastadas, se nós temos áreas na região central que estão desocupadas”.
Segundo ele, após o mapeamento, a prefeitura fez um amplo trabalho “de convencimento e até pressão”, para que proprietários de prédios particulares ociosos dessem, finalmente, função social aos imóveis. “Até pra combater a especulação imobiliária a gente tem evitado que a cidade se expanda de forma desordenada. Esse é o trabalho que eu chamo de movimentar a cidade”, conclui.
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