O que ainda há para saber?

Manoel Peres Sobrinho*


Como universitários, estamos no limiar de um novo ano. É um recomeço, com gosto de continuidade para alguns, e, para outros, uma radical transformação nas idéias, nos compromissos e nas realizações. O "código cultural" é o que alguns oferecem como subsídio primário em sua nova etapa; o que para outros, alguma coisa a mais já foi acrescentada. Mas, em síntese, somos todos mais ou menos iguais. Fruto de nossa cultura latino-americana, ocidental e judaico-cristã.
A Universidade, assim como a escola, a família e o ventre de nossa mãe oferece um grande momento para o conhecimento, desde que para isso estejamos intencionados e empenhados. Na "cidade do conhecimento" tudo respira saber. Aguça a mente. Desperta a curiosidade. Incita à pesquisa. No campus o que temos de melhor é a oportunidade para o crescimento endógeno como ser humano, e o exógeno como profissional de nossa área.
Como cristãos podemos ser luz e sal para que aqueles, como nós, estudantes, possam descobrir algo mais para as suas vidas.
Devemos trabalhar o nosso corpo como possibilidade sadia de comunicação e transferência das Boas Novas que só os cristãos podem fazer. Devemos usar nosso vestuário, nossas palavras, nossos atos e performances no campus como ferramentas da Verdade de Cristo. Nossas atitudes devem falar mais alto do que nossas palavras, panfletos e reuniões. A possibilidade de convencimento é infinitamente maior quando demonstramos o que cremos. Vivenciamos o que acreditamos. O Evangelho não é uma fé para os ouvidos somente, mas, muito mais, para os olhos. Jesus fez isso com Sua vida e Paulo disse: "trago no corpo as marcas de Cristo".
Como estudantes, a nossa mente deve estar ocupada não só com as disciplinas de nosso Curso, mas também com as coisas lá do alto. Num mundo em que as verdades fundamentais desapareceram, nosso grande desafio é mantermo-nos ocupados com os fundamentos de nossa fé cristã: Deus Soberano e Criador, as Sagradas Escrituras e Jesus Cristo como único e suficiente Salvador. O que nossos colegas universitários mais precisam não é de uma fé de entretenimento com reuniões meramente agradáveis, mas de uma mente controlada pelo Espírito de Deus, procedendo com poder e graça.
Nosso espírito deve estar em plena comunicação com Deus. Comunhão que se refaz diariamente com a oração, com a leitura e estudo das Escrituras, e com a busca sincera da Verdade em amor. Ninguém pode dar o que não tem. Só podemos provocar a transformação de nossos colegas se já estivermos transformados por Cristo. O rosto de Moisés estava iluminado quando desceu do monte no seu encontro com Deus. Todos puderam ver isso. Não devemos agir de forma bondosa, mas devemos ser bondosos e aí tudo o que fizermos sairá segundo a vontade de Deus.
A Universidade é uma arena formal de estranhamentos saudáveis: da verdade e a ficção, da matéria e o espiritualismo, da ciência e os deuses. A nossa oração sincera é que a Verdade triunfe.

Rev. Ms. Manoel Peres Sobrinho

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