Maíra Fernandes
O enredo desse ano contará a história de Votorantim na avenida - Por: FÁBIO ROGÉRIO
A história de Votorantim, passando pela sua fundação, processo de industrialização até os dias atuais, será o mote do desfile da escola Unidos do Cativeiro, segunda agremiação a se apresentar no sábado, na passarela do samba sorocabano, no Alto da Boa Vista.
Com o tema e o samba-enredo "Carnaval, sempre Carnaval", o foco será a industrialização têxtil da cidade, que de acordo com o presidente, Luiz Gonzaga Rodrigues, será representada especialmente em duas das mais importantes alas da escola: ala das baianas e na bateria. "As baianas virão vestidas com o primeiro tecido produzido em Votorantim, a chita. E a bateria vai representar todos os tecidos coloridos que foram produzidos na cidade", adianta Rodrigues.
Como explica o presidente, os temas do Carnaval começam a ser pensados em março e para esse ano não foi diferente. Foi ele mesmo quem pensou no tema, pesquisou sobre o assunto, e passou as coordenadas para a carnavalesca Ana Maria Correia de Moraes, que já está há uns 10 anos à frente da escola, e para o mestre de bateria Gelinho, que juntamente com o Fio do Surdo, escreveram o samba-enredo.
Na avenida, além do samba, a escola contará em cerca de 20 alas o desenvolvimento do município, partindo dos índios. "Vamos abrir o desfile com a comissão-de-frente formada por índios, depois vem os Bandeirantes...", explica Rodrigues. O presidente ainda adiantou algumas alas como a ala Livre; da Alegria; Tropeiros, entre outras.
A Unidos do Cativeiro, que ficou com o 6º lugar no ano passado, promete um Carnaval bem diferente em 2012. Mesmo assim, o presidente que foi o fundador do bloco em 1982, que depois, em 1989 passou a ser uma escola, fala que a luta dele é pelo Carnaval, pouco importando julgamento. "No ano passado fomos mal, pegamos sexto lugar, esse ano vamos lutar para ver o que podemos fazer na avenida. A minha luta por Carnaval é para que o povo fique contente, se fosse por mim eu nem via julgamento, mas vamos batalhar", conta.
Com ensaios diários, a partir das 20h, no bairro São Marcos, cerca de 200 componentes deverão defender a escola na avenida. Enquanto o sábado não chega, a rotina da escola está a todo vapor, nos arremates finais dos dois carros alegóricos e das fantasias. "Até sexta-feira teremos muito trabalho", desabafa o presidente, que reconhece que fazem o "Carnaval que dá" e não o que queriam, devido as condições financeiras e de estrutura. Mesmo assim, reconhece que a luta vale a pena simplesmente por poder colocar a escola na avenida.

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