Cantora faz show na inauguração da praça Lecy de Campos; ela fala ao BOM DIA sobre os 33 anos de carreira
A cantora nordestina Elba Ramalho, que acaba de voltar de turnê
realizada no exterior, inaugura nesta quinta-feira (17) a revitalização
da praça de eventos de Votorantim (Lecy de Campos), numa celebração dos
seus mais de 30 anos de carreira. Seu repertório inclui músicas como
“Anunciação”, de Alceu Valença e “Leão do Norte”. O show é gratuito.
Em
entrevista ao BOM DIA, Elba comenta sobre momentos marcantes de sua
carreira, o processo de gravação de seus álbuns e os sentimentos que a
música desperta em sua vida, além de expressar o carinho por todo o seu
público.
BOM DIA: O que é mais prazeroso para você descobrir uma música boa e escutá-la ou gravá-la?
Elba
Ramalho: Os dois. São processos diferentes, mas as duas situações são
muito boas. Ao gravar, fico com a sensação de que me apropriei da
canção.
BD: Como você escolhe as músicas que quer gravar?
Elba:
Pela emoção. Tenho que ouvir e deixar bater o coração. É claro que
existem indicações e amigos que me mandam canções. Da mesma forma que
pessoas que eu desconheço completamente. Se a emoção falar mais alto,
está decidido. “Aconchego”, por exemplo, era um xote. Eu achei a música
linda, mas falei para Dominguinhos que estava faltando uma canção
romântica. Com toda sua genialidade, ele mudou o andamento e me
perguntou o que eu achava daquela maneira. Gravei na hora.
BD: A década de 70 foi especial para você e para sua música?
Elba:
Sim, por muitos motivos. Eu despertava para minha carreira e o Brasil
passava por um momento difícil. A música dos anos 70 tinha conteúdo,
Chico Buarque, Fagner, Zé Ramalho, Belchior, Alceu e Geraldo Vandré toda
uma geração brilhante se expressava através da música.
BD: O que mudou? Foi o Brasil ou o forró?
Elba:
O Brasil. O forró continua o mesmo. As pessoas criam modismos e falam
sobre forró universitário e forró “pé de serra”, mas forró é uma coisa
só. O nosso país sim, muda o tempo todo.
BD:
O que você faz para alimentar essa energia que tem no palco? Pratica
alguma atividade física com frequência? Tem algum ritual religioso antes
de entrar no palco?
Elba: O público é a razão de tudo.
Saber que as pessoas saíram de casa para me assistir é muito
gratificante. Pratico yoga e corro na areia da praia. Antes de entrar no
palco, não. Sou muito católica e rezo muito. Não especificamente na
hora de entrar em cena, mas todos os dias. Elevar o pensamento a Deus é
fundamental.
BD: Com mais de 30 anos de carreira, você coleciona prêmios. Tem algum projeto que está para realizar?
Elba:
Felizmente o reconhecimento veio pelo público e pelos prêmios também.
Tive a felicidade de ganhar o Grammy Latino em 2008 e 2010 e os
principais Prêmios de Música no Brasil. Quero muito gravar um disco
dedicado totalmente a Chico Buarque.
Para grandes eventos
Segundo
o prefeito Carlos Augusto Pivetta, a praça Lecy de Campos foi ampliada
devido as modificações feitas no sistema viário, em seu entorno. Agora,
ela passa a ter 29 mil metros quadrados.
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