quinta-feira, 17 de maio de 2012

Elba Ramalho anima Votorantim nesta quinta-feira

Agência BOM DIA
  Fernanda Ikedo
 
 Cantora faz show na inauguração da praça Lecy de Campos; ela fala ao BOM DIA sobre os 33 anos de carreira
 
 
 
A cantora nordestina Elba Ramalho, que acaba de voltar de turnê realizada no exterior, inaugura nesta quinta-feira (17) a revitalização da praça de eventos de Votorantim (Lecy de Campos), numa celebração dos seus mais de 30 anos de carreira. Seu repertório inclui músicas como “Anunciação”, de Alceu Valença e “Leão do Norte”. O show é gratuito.

Em entrevista ao BOM DIA, Elba comenta  sobre momentos marcantes de sua carreira, o processo de gravação de seus álbuns e os sentimentos que a música desperta em sua vida, além de expressar o carinho por todo o seu público. 

BOM DIA: O que é mais prazeroso para você descobrir uma música boa e escutá-la ou gravá-la?
Elba Ramalho: Os dois. São processos diferentes, mas as duas situações são muito boas. Ao gravar, fico com a sensação de que me apropriei da canção.

BD: Como você escolhe as músicas que quer gravar?
Elba: Pela emoção. Tenho que ouvir e deixar bater o coração. É claro que existem indicações e amigos que me mandam canções. Da mesma forma que pessoas que eu desconheço completamente. Se a emoção falar mais alto, está decidido. “Aconchego”, por exemplo, era um xote. Eu achei a música linda, mas falei para Dominguinhos que estava faltando uma canção romântica. Com toda sua genialidade, ele mudou o andamento e me perguntou o que eu achava daquela maneira. Gravei na hora.

BD: A década de 70 foi especial para você e para sua música?
Elba: Sim, por muitos motivos. Eu despertava para minha carreira e o Brasil passava por um momento difícil. A música dos anos 70 tinha conteúdo, Chico Buarque, Fagner, Zé Ramalho, Belchior, Alceu e Geraldo Vandré toda uma geração brilhante se expressava através da música.

BD: O que mudou? Foi o Brasil ou o forró?
Elba: O Brasil. O forró continua o mesmo. As pessoas criam modismos e falam sobre forró universitário e forró “pé de serra”, mas forró é uma coisa só. O nosso país sim, muda o tempo todo.

BD: O que você faz para alimentar essa energia que tem no palco? Pratica alguma atividade física com frequência? Tem algum ritual religioso antes de entrar no palco?
Elba: O público é a razão de tudo. Saber que as pessoas saíram de casa para me assistir é muito gratificante. Pratico yoga e corro na areia da praia. Antes de entrar no palco, não. Sou muito católica e rezo muito. Não especificamente na hora de entrar em cena, mas todos os dias. Elevar o pensamento a Deus é fundamental.

BD: Com mais de 30 anos de carreira, você coleciona prêmios. Tem algum projeto que está para realizar?
Elba: Felizmente o reconhecimento veio pelo público e pelos prêmios também. Tive a felicidade de ganhar o Grammy Latino em 2008 e 2010 e os principais Prêmios de Música no Brasil. Quero muito gravar um disco dedicado totalmente a Chico Buarque.

Para grandes eventos
Segundo o prefeito Carlos Augusto Pivetta, a praça Lecy de Campos foi ampliada devido as modificações feitas no sistema viário, em seu entorno. Agora, ela passa a ter 29 mil metros quadrados.

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