Rede Bom Dia
FERNANDA IKEDO
Bailarino puxa de suas memórias e sensações as experiências em espetáculo de dança
Apesar de ter apenas 21 anos, o bailarino Felipe Vian possui estrada. Ele ganhou uma bolsa de estudos para estudar e se apresentar na Europa, passou por Nova York e agora estreia como coreógrafo.
Hoje, às 20h, Felipe apresenta, no Teatro Municipal Francisco Beranger, em Votorantim, o espetáculo “Catástrofe poesia para os olhos”. A entrada é de graça.
O bailarino conta que teve inspiração numa campanha de conscientização pública de antiterrorismo promovida pela “MTA - New York’s Metropolitan Transportation Authority” (linha de metrô da cidade de Nova York) para enfatizar a importância de relatar atividades suspeitas à lei local adequada as autoridades policiais.
“O espetáculo partiu de questionamentos internos que fiz depois de ter morado em torno de seis meses em Nova York, do ano passado para este ano, transitando por New Jersey, Philadelphia e Port Chester”, explica.
“Catástrofe” é composto por duas partes. A primeira é uma instalação de objetos pessoais aglomerados em diferentes formas criando uma sujeira visual como se um Tornado tivesse passado por ali. Neste primeiro momento, o público se movimenta livremente para observar a instalação como quiser (fora do palco).
A segunda parte é o espetáculo dançado pelos bailarinos no palco, sem adereços ou apetrechos visuais, somente corpo e movimento.
O trabalho é idealizado e dirigido por Felipe com a colaboração de bailarinos convidados. No palco são cinco em cena: Natalia Penhalver, Eduardo Ribeiro, Letícia Guilhen, Cecília Ildefonso, Anacélis Delfino e o próprio Felipe Vian.
Influências / Durante a pesquisa para o trabalho, Felipe diz que foi influenciado por obras de Hakim Bey (Peter Lamborn Wilson) historiador, escritor e poeta, também conhecido pelo conceito sobre o “Terrorismo Poético” e pelo filme norte-americano “Beleza Americana”, que aborda a beleza em lugares inapropriados, como na fatalidade das coisas.
“Pensei em ‘Catástrofe’ como assunto do trabalho porque é uma situação que me intriga. Ela é quase sempre caracterizada como tragédia ou fatalidade dependendo da situação. É uma ação que acontece de modo tão inesperado e é tão potente que se torna capaz de mudar o rumo das coisas para sempre”, conta o bailarino.
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