sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ex-presidiário é preso suspeito de matar enfermeiro em Aparecidinha

 Diário de Sorocaba

A polícia investiga agora um segundo indivíduo que pode ter participado do crime
 
 Mesmo diante das provas, Cândido nega ter assassinado o enfermeiro (Foto: Fernando Rezende)
 
 
O mecânico e ex-presidiário Jorge Rodrigo da Silva Cândido, 29 anos, foi novamente preso no último dia 28, em flagrante de tentativa de roubo em Votorantim. Ele já estava sendo investigado pela Polícia Civil por ser o principal suspeito de ter matado o enfermeiro Edson Aparecido Rodrigues, de 40, no bairro de Aparecidinha. Agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) já haviam pedido a prisão temporária do suspeito à Justiça, por possuir provas suficientes contra ele, que, mesmo diante das acusações, segue negando o crime.

Na tarde de domingo, 14 de outubro passado, Rodrigues foi encontrado num terreno baldio da rua Roberto Vieira Holtz, com as mãos amarradas para trás e com um pano tampando sua boca e nariz. Ao lado do corpo havia um jaleco do tipo hospitalar, cujos pedaços foram usados para o crime. Conforme resultado do laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia e estrangulamento. De acordo com o delegado José Humberto Urban Filho, a vítima era enfermeiro do setor de hemodiálise de um hospital da cidade e morador na Vila Nova, em Votorantim. 

O delegado informou que Rodrigues havia trabalhado normalmente no sábado, dia de sua morte, até a tarde. Após sair, não foi mais visto. Durante a investigação do caso, a polícia ouviu testemunhas que disseram ter visto Cândido saindo do apartamento da vítima e dirigindo seu carro; depois teria retornado sozinho. Diante das declarações de familiares e vizinhos, a polícia esteve no apartamento da vítima e constatou que o local estava todo revirado. O computador e o carro de Rodrigues tinham sido roubados.

Dez dias após o crime, o carro do enfermeiro foi localizado na Vila Joaniza, zona sul de São Paulo. A polícia acredita que Cândido tenha pedido para um comparsa levar o carro para a Capital, a fim de despistar a polícia. Agora as investigações prosseguem para descobrir a identidade deste outro homem que teria tido participação no roubo do veículo. 

Segundo a polícia, o enfermeiro tinha um relacionamento com Cândido há oito anos, mas já teria tido envolvimento com outros detentos, inclusive chegando a morar com um deles; além disso, a vítima já teria sido ameaçada por ele, enquanto moravam juntos. “Ele matou por desentendimento conjugal e financeiro”, atribuiu Urban. “Ao levar o carro e o computador, ele (Cândido) quis se desfazer de provas que o incriminassem, pois sabia que Edson tinha coisas que revelassem os dois.” Mesmo diante das acusações, testemunhas e provas, o delegado informou que Cândido nega o crime. “Ele diz que viu o enfermeiro pela última vez nas vésperas do primeiro turno das eleições; mas temos testemunhas que contradizem essa alegação.”

O ROUBO EM VOTORANTIM – Por volta das 21h30 do último dia 28, Cândido chegou à sede do Corpo de Bombeiros, localizada na avenida Trinta e Um de Março, em Votorantim, dizendo que havia sido agredido por um desconhecido. No entanto, quando a Polícia Militar foi atender à ocorrência, recebeu informação sobre uma tentativa de roubo de moto, cujas características físicas do suspeito eram semelhantes às dele.

Ao ser levado para a delegacia, Cândido foi reconhecido pela vítima e constou contra ele o mandado de prisão temporária pelo homicídio de Rodrigues. Com ele, havia uma faca de cozinha. Pelo crime de latrocínio, Cândido deverá permanecer preso até o próximo dia 28 caso a Justiça não aceite as provas da polícia. Porém, por ter sido flagrado em tentativa de roubo, poderá ficar mais tempo atrás das grades. Esta é a terceira vez em que ele vai preso por crime de roubo. 

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