terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Unidades de saúde não têm especialistas

Notícia publicada na edição de 15/01/2013 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 7 do caderno A -


 Lucinéia levou a mãe para uma clínica particular - Por: Adival B. Pinto

 José Paulo e Tatiane querem pediatra para atender ao filho - Por: Adival B. Pinto

A falta de médicos especialistas, entre eles nefrologista, pediatra e ortopedista, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) gera insatisfação nos usuários do sistema de saúde de Votorantim. Os pacientes que procuram por esses profissionais nos postos de saúde estão tendo a consulta médica sendo efetuada por clínicos gerais.

A auxiliar de montagem, Tatiane Campos Silva, 24 anos, e seu companheiro José Paulo Teixeira Costa, 22 anos, há uma semana vão à Unidade do Pronto Atendimento Central em busca de consulta com pediatra para o filho Davi de apenas seis meses. O casal conta que o garoto contraiu uma gripe bastante forte e tem passado muito mal.

"A gente gostaria da opinião de um pediatra, a gente acha o estado dele requer o cuidado de alguém que entenda de criança", defende a mãe. Ela disse que conversou com as atendentes do posto e que elas haviam lhe informado que não há pediatra para atender e que a única pediatra, que faz o atendimento no local, está de férias e que não há ninguém para substituí-la. "Sempre foi assim aqui. Boa parte do pessoal que gente conhece e precisou de atendimento de um pediatra não conseguiu. Para conseguir, tem chegar cedo e torcer para ter poucas pessoas para serem atendidas, porque ao meio dia a pediatra vai embora", ressalta Paulo.

Por uma semana, a dona de casa Lucia Helena Martins, 60 anos, passou por clínicos gerais que avaliaram as dores insuportáveis que a mulher sentia na região do abdome e, por duas vezes, indicaram uma consulta com um nefrologista devido a suspeita de problemas renais. Como não conseguiu uma consulta para passar pelo especialista no PA os filhos de Lucia, preocupados com o estado de saúde da mãe, resolveram passá-la por uma clínica particular.

"Eles medicavam minha mãe, davam guias para passar pelo nefrololista, mas não há no pronto atendimento um único especialista para fazer o atendimento", reclama um dos filhos da idosa, a manicure Lucinéia Martins, 40 anos. Ela conta que optaram por levar a mãe a um médico particular devido o quadro de saúde dela, que apresentava diabetes e pressão elevadas, quase sem controle. Segundo o resultado dos exames feitos pela dona de casa, ela está com insuficiência renal crônica e com um quadro preocupante de desidratação.

A Prefeitura de Votorantim por meio da Secretaria de Saúde informa por meio de nota que já estão sendo tomadas providências quanto a cobertura dos profissionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), bem como nas áreas de clínica médica, pediatria e ginecologia. Atualmente, para atender a demanda das 11 UBS e duas unidades de Programa de Saúde da Família (PSF), existentes na cidade, são médicos, entre clínica geral, pediatria e ginecologia. Nesse momento está sendo realizado um remanejamento até que toda a demanda seja suprida.

Quanto aos especialistas em questão, a secretaria informa que nefrologia é referenciado junto ao ambulatório do Conjunto Hospitalar de Sorocaba de acordo com a liberação de vagas. Em relação as especialidades atendidas no âmbito de Votorantim, a secretaria está fazendo um levantamento completo, lembrando que esta equipe de governo está a frente da prefeitura há duas semanas, para saber a real demanda em relação às especialidades médicas.

Para tanto, o prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB) delegou a um colegiado formado por vários profissionais da saúde, justamente para atender à pasta, levando em consideração as reclamações da população votorantinense.

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