Alana Damasceno

Roberto Galli é referência no esporte regional
Foto: Alana Damasceno
Uma das personalidades marcantes quando se trata de representatividade no esporte regional, Roberto Galli, de uma tradicional família votorantinense, ex-jogador do Guarani e secretário de esportes durante a gestão de Jair Cassola, falou um pouco da sua trajetória para a Gazeta de Votorantim.
O ex-jogador conta que começou a praticar o futebol aos 13 anos, na posição de zagueiro. “Aos 16, fui convidado para jogar no Clube da Várzea. Após isso fui para o Clube Atlético Votorantim”. Cogitado a ser levado para o time do São Paulo em 1968, acabou fechando contrato com o time do Guarani, onde se estabeleceu por quatro anos. “Ainda joguei no Americana e Bragantino”. Em 1973 decidiu pausar sua carreira para se dedicar ao casamento. “Cheguei a me formar em educação física enquanto estava no Guarani. Mas acabei indo trabalhar na antiga Eletropaulo, onde me aposentei em 1996, com 23 anos de serviço”. Apesar da longa pausa, Roberto voltou para o futebol. “Joguei em praticamente todas as equipes do campeonato varzeano”. Ele revela ainda que jogou em campeonatos de veteranos até decidir encerrar sua carreira por suas condições físicas. “Parei em 2006 por problemas de joelho”.
Ao relembrar suas memórias de época de jogador, ele cita que um dos fatos mais marcantes que já viveu foi quando venceu o Paulista de Jundiaí por 1 a 0, na época em que jogava pelo Estrada FC. “Foi um orgulho muito grande entrar pelo time principal”. Roberto aproveita para comparar o trabalho de equipe. “Naqueles tempos não havia tanta troca de jogadores como atualmente. Se entravam 11 jogadores, aqueles tinham de dar conta até o fim da partida”.
Um dos ídolos do futebol com quem teve oportunidade de jogar ao lado foi o jogador Bellini, na época que Galli estava cogitado para o São Paulo. Bellini também foi escalado para jogar na seleção brasileira na década de 1960. “Também pude jogar ao lado de Roberto Dias, Jurandir. Foi diferente, nunca tinha os visto pessoalmente. Foi uma forte emoção”.
Embora já aposentado, não se manteve parado por muito tempo. Galli também já exerceu ações com entidades beneficentes. “Trabalhei como provedor da Santa Casa. Fizemos convênio com a prefeitura e em 2001 conseguimos inaugurar o hospital, que passou a ser uma maternidade”.
Trabalho como secretário de esportes
Um dos destaques de sua administração da pasta foram as Olimpíadas Especiais, em 2002, voltadas às crianças com Síndrome de Down. Para a realização deste evento também houve a participação da Secretaria de Cultura e a prefeitura de Sorocaba, que também sediou o campeonato. “14 estados brasileiros vieram com suas delegações para competir”. Mais um marco de sua gestão foi a vinda dos jogos regionais para o município, em 2003.
Ao comentar sobre a Copa Brasil de Futebol Infantil Sub-15, Galli se orgulha em dizer que sua gestão foi a incentivadora do campeonato. “Na nossa época, atletas como Neymar, Alexandre Pato entre outros já se revelavam grandes jogadores na competição”. Hoje, ao analisar a copinha, ele afirma que ela evolui de forma rápida. “Notamos que as condições estão melhores. Melhor estrutura de alojamento para os competidores, transmissão de jogos via Internet e TV”.
Votoraty
O fim do Votoraty se deu por conta do problema financeiro que acometeu o time, explica o atleta. Uma empresa de ferramentaria resolveu investir na equipe uma época, “o próprio empreendimento não conseguia se manter. Ele teria que decidir entre ele próprio ou o esporte”. Para Galli, o lucro ao patrocinar uma equipe não acontece de maneira rápida. “Se você entra em um negócio onde quer rendimento rápido então não tem como optar pelo futebol”, declara. “Neste esporte não acontece isso. Tem que ter uma ampla estrutura para que o lucro aconteça”.
A família Galli
Tradicional em Votorantim, a família recebeu até uma homenagem com um bairro no município: a Vila Galli, próxima ao Jardim Serrano. Ao falar sobre o número de membros da família, Roberto conta que na última reunião feita em 2005, cerca de 180 pessoas compareceram. Roberto hoje tem 62 anos, é casado com Marinês e tem duas filhas, Sabrina, que é dentista e Samira, jornalista.
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