Rede Bom Dia
Depois de se apresentar na Europa e Estados Unidos, Felipe Vian muda-se para o Rio de Janeiro
Todo artista quer se dedicar ao trabalho de forma exclusiva, mas nem
sempre isso é possível por causa da correria em busca de projetos
culturais, fundamentais para se manter ativo, mas que nem sempre dão
certo. Há burocracia aqui e ali, fora outros impasses.
Por isso,
trajetórias de grupos ou artistas em carreira solo que batalham e
conquistam um posicionamento chamam a atenção.“Não é fácil correr atrás
dos nossos sonhos. Temos de dar a cara a tapa, correr contra a
correnteza, fazer o ‘não’ virar ‘sim’, convencer a família de que dança é
uma profissão e que posso ganhar dinheiro com isso”, diz o bailarino
votorantinense Felipe Vian, 21 anos.
Ele colocou os pés na
carreira internacional em 2011, quando foi selecionado entre 286
dançarinos do Brasil para participar da Bienal de Veneza, onde passou
quatro meses de estudos e apresentações, dirigido por Ismael Ivo. No ano
passado, Felipe foi para Nova York e também se apresentou na terra do
Tio Sam.
Agora é que são elas. O bailarino não está de viagem
marcada para outro país. Ao contrário, ele está criando raiz. Felipe fez
audição e será um dos 15 integrantes da Companhia de Dança Lia
Rodrigues, do Rio de Janeiro, fundada em 1990. “É um trabalho como
outro qualquer. Somos contratados e recebemos salário para viver. Por
isso, é um momento muito especial para mim porque vou trabalhar com
aquilo que eu amo.”
Este ano a companhia fará estreia de espetáculo.
“Estou super animado em fazer parte de um elenco novo e com um trabalho
fresquinho”, comenta.
Ele explica que a diferença de trabalhar na
companhia e em projetos é que estes sempre acabam e na companhia sempre
tem trabalho, agenda e trabalhos extras.
A diretora que dá nome à
companhia foi uma das primeiras pessoas a pensar dança contemporânea no
Brasil e a responsável pelo Festival Panorama Rio Dança, no qual trouxe
artistas do exterior que jamais haviam visitado o Brasil.
Malas prontas/
Felipe inicia o trabalho na companhia de dança no próximo dia 2 e terá
aulas de diferentes modalidades como ioga, teatro e balé. Ele faz hoje a
mudança para o Rio de Janeiro. “Vou ficar na casa de alguns amigos
neste primeiro mês até ir me acertando e arranjar um espaço oficial para
morar.”
Lia Rodrigues
A companhia de dança
contemporânea se mantém em atividade durante todo o ano com aulas,
ensaios do repertório e trabalho de pesquisa e criação, sempre em
colaboração com os artistas-bailarinos. A sede fica no Centro das Artes
da Maré, no Rio de Janeiro, espaço de diversidade artística.
Dança contemporânea
Essa modalidade rompeu
com o balé clássico, na década de 60, tirou as sapatilhas das bailarinas
e dos bailarinos. Torna-se em 80 uma linguagem própria da dança.
Transmite ideias, sentimentos e conceitos.
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