quinta-feira, 25 de abril de 2013

Bailarino de Votorantim na cena carioca

 Rede Bom Dia
Fernanda Ikedo

 Depois de se apresentar na Europa e Estados Unidos, Felipe Vian muda-se para o Rio de Janeiro


Todo artista quer se dedicar ao trabalho de forma exclusiva, mas nem sempre isso é possível por causa da correria em busca  de projetos culturais, fundamentais para se manter ativo, mas que nem sempre dão certo. Há burocracia aqui e ali, fora outros impasses.

Por isso, trajetórias de grupos ou artistas em carreira solo que batalham e conquistam um posicionamento chamam a atenção.“Não é fácil correr atrás dos nossos sonhos. Temos de dar a cara a tapa, correr contra a correnteza, fazer o ‘não’ virar ‘sim’, convencer a família de que dança é uma profissão e que posso ganhar dinheiro com isso”, diz o bailarino votorantinense Felipe Vian, 21 anos.

Ele colocou os pés na carreira internacional em 2011, quando foi selecionado entre 286 dançarinos do Brasil para participar da Bienal de Veneza, onde passou quatro meses de estudos e apresentações, dirigido por Ismael Ivo. No ano passado, Felipe foi para Nova York e também se apresentou na terra do Tio Sam.

Agora é que são elas. O bailarino não está de viagem marcada para outro país. Ao contrário, ele está criando raiz. Felipe fez audição e será um dos 15 integrantes da Companhia de Dança Lia Rodrigues, do Rio de Janeiro,  fundada em 1990. “É um trabalho como outro qualquer. Somos contratados e recebemos salário para viver. Por isso, é um momento muito especial para mim porque vou trabalhar com aquilo que eu amo.”
Este ano a companhia fará estreia de espetáculo. “Estou super animado em fazer parte de um elenco novo e com um trabalho fresquinho”, comenta.

Ele explica que a diferença de trabalhar na companhia e em projetos é que estes sempre acabam e na companhia sempre tem trabalho, agenda e trabalhos extras.

A diretora que dá nome à companhia foi uma das primeiras pessoas a pensar dança contemporânea no Brasil e a responsável pelo Festival Panorama Rio Dança, no qual trouxe artistas do exterior que jamais haviam visitado o Brasil.

Malas prontas/ Felipe inicia o trabalho na companhia de dança no próximo dia 2 e terá aulas de diferentes modalidades como ioga, teatro e balé. Ele faz hoje a mudança para o Rio de Janeiro. “Vou ficar na casa de alguns amigos neste primeiro mês até ir me acertando e arranjar um espaço oficial para morar.”
Lia Rodrigues
A companhia de dança contemporânea se mantém em atividade durante todo o ano com aulas, ensaios do repertório e trabalho de pesquisa e criação, sempre em colaboração com os artistas-bailarinos. A sede fica no Centro das Artes da Maré,  no Rio de Janeiro, espaço de diversidade artística.
Dança contemporânea
Essa modalidade rompeu com o balé clássico, na década de 60, tirou as sapatilhas das bailarinas e dos bailarinos. Torna-se em 80 uma linguagem própria da dança. Transmite ideias, sentimentos e conceitos.

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