Notícia publicada na edição de 02/07/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 7 do caderno A -
Fernando Guimarães
Comissão que prepara seminário para o dia 9 de agosto destacou que a região ainda pode ser incrementada
Apesar de 22 municípios estarem incluídos na Região Metropolitana de
Sorocaba, segundo pesquisa realizada pelo Núcleo de Planejamento
Regional (Nuplan), antes de o projeto ser encaminhado ao governador
Geraldo Alckmin (PSDB), ele passará por uma definição do contorno, ou
seja, será possível a outras cidades que se identifiquem com Sorocaba
integrar essa região metropolitana. Este foi um dos assuntos tratados na
reunião de ontem da comissão sobre a criação da Região Metropolitana de
Sorocaba, ocorrida em um dos auditórios da Fundação Ubaldino do Amaral
(FUA), mantenedora do jornal Cruzeiro do Sul. De acordo com o diretor
presidente da Nuplan, Flaviano Agostinho de Lima, o estudo é uma decisão
técnica e não política, por isso segue parâmetros previstos em lei para
a instituição da região metropolitana. Sarapuí e São Miguel Arcanjo,
que fazem divisa com Itapetininga, são um exemplo de municípios que
poderão integrar a Região Metropolitana de Sorocaba.
Para que esses municípios tenham a oportunidade de participar da
discussão, ficou definido um seminário para o próximo dia 9 de agosto,
das 9h às 13h, no auditório externo da FUA, situado no Alto da Boa
Vista. Denominado com o tema Desenvolvimento Regional: Conceitos,
Desafios e Impactos no Contexto da Macrometrópole, o evento tem como
objetivo discutir e dirimir dúvidas a respeito da região metropolitana.
Segundo o presidente da diretoria executiva da FUA, Laelso Rodrigues,
será a oportunidade para que todos os prefeitos das 22 cidades e de
outras interessadas possam discutir ideias e definir a pauta que moldará
o projeto a ser encaminhado ao governo estadual e posterior apreciação
da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). É desejo dos
deputados da região, do prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio
(PSDB), e do governador Alckmin a criação da Região Metropolitana de
Sorocaba ainda este ano.
Entusiasmado com a movimentação apartidária em torno de um tema de
importância para a região de Sorocaba, Laelso relembrou a década de 1960
quando ele, presidente da Comissão Municipal de Desenvolvimento
Industrial (CMDI) de Sorocaba, junto a empresários e políticos da
cidade, uniram forças para criar e desenvolver a Zona Industrial da
cidade, logo após a emancipação político-administrativa de Votorantim,
que levou consigo a maior parte das indústrias, principais geradoras de
renda para o município. O desenvolvimento integrado é o principal foco
de Laelso, pois acredita no crescimento de todas as cidades em áreas
essenciais e afins entre os municípios, como saúde, educação,
abastecimento, mobilidade urbana, resíduos sólidos, entre outros temas
de interesse da sociedade.
Participaram do encontro de ontem a deputada federal Iara Bernardi (PT) e
os deputados estaduais Carlos Cezar (PSB), Hamilton Pereira (PT) e
Maria Lúcia (PSDB). Os deputados concordam com a Região Metropolitana de
Sorocaba, porém, defendem que outros municípios não relacionados na
região possam manifestar-se a respeito, assim, entendem que um seminário
temático possa ajudar a definir o contorno dessa mancha urbana. Se
houver a identidade do município com a região metropolitana, é possível,
segundo os parlamentares, apresentar na Alesp o que eles denominam de
Emenda Aglutinativa ao projeto executivo, incluindo tais cidades. Como
exemplos de cidades que ficariam de fora dos 22 municípios, estão Tatuí e
Pilar do Sul, que integrariam uma microrregião, além de Tapiraí. Antes
se pensava nesta cidade fazer parte da Região Metropolitana do Vale do
Ribeira, porém, uma serra separa o município dessa região, empurrando-o
para mais próximo de Sorocaba, portanto foi integrado à Região
Metropolitana de Sorocaba. Se esta região for instituída, será a 15ª no
país, segundo dados da Nuplan.
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