Notícia publicada na edição de 13/08/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno A -
Abner Laurindo
Depois de esperarem por 8 meses, os
diretores das escolas municipais de Votorantim resolveram protestar
contra a falta de materiais de higiene e limpeza na rede de ensino do
município. Eles cotam que fazem o pedido dos produtos à Prefeitura desde
janeiro e até agora as solicitações não foram atendidas pela
administração municipal.
Para denunciar a situação, uma comissão de 10 diretores, representando
os diretores das 47 escolas e creches da rede pública do município,
esteve ontem à noite na sessão da Câmara Municipal. Eles reclamaram aos
vereadores que as escolas estão sem papel higiênico, sabão em pó,
sabonete líquido, desinfetante e dedetização.
Questionada, a Secretaria da Educação informa que os produtos serão
entregues ainda está semana, agora que o processo licitatório para
compra dos materiais foi concluído. A Pasta explicou que houve demora no
processo de licitação devido a alterações e exigências de produtos de
melhor qualidade.
De acordo com Secretaria de Comunicação (Secom), durante o processo
licitatório a Secretaria equacionou a distribuição dos produtos da
melhor maneira possível, contando com um baixo estoque e a colaboração
dos diretores das escolas. Além do papel higiênico, a compra inclui
álcool gel e sabonete líquido.
A diretora da Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Felippe
Kalil, Vera Nilza Pires, disse que desde o começo da atual administração
tem tido paciência para lidar com a falta de materiais. Ela conta que
durante esse tempo de espera foi obrigada pedir a doação de papel
higiênico para alguns pais para poder suprir as necessidades dos alunos.
"Nós lidamos com crianças. São os alunos do infantil e do fundamental de
1ª e 5ª. Temos que ter esses produtos para um bom funcionamento e
atendimento deles", relata Nilza. Ela conta que os diretores resolveram
trazer a público o problema depois que a vereadora Fabíola da Silva
Pedrico (PSDB), em discurso feito na tribuna da Legislativo, na sessão
de segunda-feira retrasada, culpou os diretores pela falta do material,
acusando-os de não solicitar os produtos na Prefeitura.
Segundo a diretora Cláudia Aguiar, as solicitações estão sendo feitas
mensalmente desde janeiro, mas os pedidos não estão sendo atendidos.
"Temos todos os e-mails dos requerimentos feitos à Prefeitura.
Reafirmamos que a falha não é nossa, diretores", ressalta Cláudia.

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