segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Prefeito opina sobre temas da reforma política

Folha de Votorantim
Valdinei Queiroz

O prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB) respondeu, em entrevista à Folha de Votorantim, em seu gabinete, as cinco questões da reforma política, propostas pela presidente Dilma Rousseff (PT), depois das manifestações populares espalhadas pelo País.
O primeiro é quanto ao financiamento de campanha. Há três opções: misto (como é atualmente); público; e privado. Das alternativas, o tucano prefere a pública, pois há um controle maior do que está sendo gasto pelos postulantes a um dos cargos públicos por meio de eleição. “O candidato que firma acordo com determinada empresa pode gastar muito mais com sua campanha eleitoral que um sem verba. É desigual”, explica. De acordo com a opção pública, “as pessoas físicas poderão dar dinheiro a partidos ou políticos, desde que respeitado um limite”.
Já na questão do sistema eleitoral, a questão fica mais complexa, pois são sete alternativas: proporcional (como é atualmente); proporcional com lista fechada (o voto é no partido, que organiza uma listagem. O vencedor é definido pela ordem na relação); proporcional com lista flexível (o partido monta uma lista com candidatos, mas o eleitor também pode escolher um nome. Os votos da legenda vão para o político que encabeçar a lista); distrital (os estados e as cidades são divididos em distritos, que escolhem seu representante por maioria); distritão (são eleitos os candidatos mais votados); distrital misto (combinação do distrital com o proporcional, podendo ser esta segunda parte eleita ou em lista aberta ou em lista fechada); e dois turnos (primeiro o eleitor define quantas cadeiras cada partido terá e depois escolhe o nome).
De todos, o prefeito votorantinense prefere o distrital, a mesma preferência do prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), que, ao ser questionado no ano passado pós-eleição pela Folha, já se mostrava favorável a este modelo. “O eleitor vota no candidato da sua região, que fica mais próximo à sua residência, e que conhece os problemas do local”, esclarece Erinaldo.
Referente à suplência do Senador, o tucano diz que é necessário ter um suplente, pois, em alguns casos, ocorre afastamento do titular do cargo. Nas opções do possível plebiscito estão: senador e dois suplentes (como é hoje); senador e um suplente; e fim dos suplentes. “Deveria ser como é nos cargos de Executivo. O eleitor ao votar conhece, além do candidato, o vice. No caso do Senado, o suplente.”
O quarto questionamento é em relação às coligações partidárias. Erinaldo, nessa questão, respondeu que é favorável pela união entre legendas, porém, que haja um comprometimento, disciplina e ligação entre os envolvidos durante o pleito e, em caso de vitória, também no processo de administração. Ele também disse que, em alguns casos, coligar com outras siglas fortalece o grupo e, em outros, desfortalece. Confira as alternativas para esta questão: permitido que os partidos façam coligações (como é hoje); proibição da união entre siglas; federações partidárias com tempo definido (os partidos poderão se juntar desde que cumprido um tempo mínimo).
O último do plebiscito é o voto secreto no Senado. “Você como eleitor vota em um candidato e, no momento de ser representado, o político esconde a sua posição?”, questiona Erinaldo. “Se é para representar, a comunidade precisa ficar ciente do que seu candidato respondeu no Congresso”, completa. Atualmente, as votações – como perda de mandato e eleição de Mesa Diretora no Congresso – são feitas de maneira secreta.
E quanto à visão ideológica política, Erinaldo se diz centrista. “Estou, aqui, para ajudar a comunidade. Se é para defender o povo, eu vou. Se é para atender as empresas, eu vou”, explica o tucano. Pannunzio, em entrevista no ano passado, disse ser socialdemocrata, visão que está alinhada a centro-esquerda.

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