Regina Helena Santos
Hospital pretende realizar 6 mil cirurgias neste ano para atingir meta da Organização Mundial da Saúde
Milhares
de pessoas lotaram neste sábado as dependências do Hospital
Oftalmológico de Sorocaba no início de mais uma etapa de triagem para a
realização de cirurgias de catarata. O movimento continua neste domingo,
pois 2,8 mil pacientes, encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde de
Sorocaba e de municípios da região, passam por consultas e exames para
comprovar a necessidade da intervenção cirúrgica. Serão 1,8 mil
cirurgias agendadas para um mutirão, do Sistema Único de Saúde (SUS),
por meio da Política Nacional de Cirurgias Eletivas, que será realizado
ainda este mês. As intervenções são parte das seis mil cirurgias de
catarata que o hospital deve fazer em 2013, número que fará com que a
instituição atinja a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para
este tipo de procedimento - que é de três mil cirurgias para cada milhão
de habitantes.
Em 2010, o Banco de Olhos de Sorocaba, por meio do Hospital Oftalmológico, realizou 1.494 cirurgias de catarata para pacientes do SUS. Em 2011 esse número subiu para 3.442 e em 2012 foi de 2.762. Já 2013 deve fechar com um volume bem maior. "O salto que demos neste ano foi em função do Programa de Cirurgias Eletivas do Ministério da Saúde estabelecer convênios conosco para realizarmos mutirões de cataratas, liberando 4,8 mil cirurgias. O paciente vem, faz a avaliação e é operado alguns dias depois por médicos especializados. Isso sem custo para ele", destaca o superintendente do hospital, Edil Vidal de Souza. A instituição é responsável pelo atendimento de pacientes de 48 municípios, que juntos somam pouco mais de dois milhões de habitantes. Além dos mutirões, o Oftalmológico realiza uma média de 200 cirurgias de cataratas por mês.
Expectativas
Antonio Sebastião Marcelino, 66 anos, morador de Votorantim, era um dos pacientes que aguardavam pela triagem na manhã deste sábado. Há dois anos ele operou um dos olhos com catarata, no Hospital Regional. "Já não enxergava mais nada. A gente vê como se tivesse uma fumaça. Não conseguia nem ler mais." O ótimo resultado da primeira intervenção e a indicação médica o levaram a entrar na fila para a triagem, na qual chegou às 6h30. "Acho que vou conseguir." A também votorantinense Helena Moreira dos Santos, 64 anos, teve a catarata diagnosticada há oito meses e estava na expectativa de conseguir resolver seu problema. "A gente enxerga tudo escuro." Já Maria Luiza Malvesil da Silva, 80 anos, foi encaminhada pela rede municipal de Itu. "Cheguei aqui antes das 8h."
Os pacientes foram atendidos por médicos que realizaram os exames necessários para diagnosticar a doença e comprovar a necessidade de cirurgia. Como foram 2,8 mil pacientes na triagem e serão 1,8 mil intervenções - 900 nos dias 14 e 15 de setembro e outras 900 nos dias 28 e 29 - os pacientes que não forem beneficiados neste momento ficarão no aguardo do próximo mutirão do SUS, para o qual terão prioridade.
A doença
A catarata é uma doença que causa cegueira, mas é reversível. Trata-se da opacidade do cristalino - a lente que temos dentro do olho - que acontece com o envelhecimento natural do organismo. A perda da transparência dificulta a chegada da luz à retina e a visão diminui, problema que não melhora mesmo com o uso de óculos. A doença atinge, principalmente, a população com mais de 60 anos. Na cirurgia o médico coloca uma lente no paciente, que é um novo cristalino artificial, como se fosse uma prótese no olho. O índice de recuperação satisfatória chega a 90% dos casos: feita a cirurgia, o paciente volta a enxergar. Essas lentes são definitivas e não precisam ser trocadas, a exemplo de outras próteses.
Em 2010, o Banco de Olhos de Sorocaba, por meio do Hospital Oftalmológico, realizou 1.494 cirurgias de catarata para pacientes do SUS. Em 2011 esse número subiu para 3.442 e em 2012 foi de 2.762. Já 2013 deve fechar com um volume bem maior. "O salto que demos neste ano foi em função do Programa de Cirurgias Eletivas do Ministério da Saúde estabelecer convênios conosco para realizarmos mutirões de cataratas, liberando 4,8 mil cirurgias. O paciente vem, faz a avaliação e é operado alguns dias depois por médicos especializados. Isso sem custo para ele", destaca o superintendente do hospital, Edil Vidal de Souza. A instituição é responsável pelo atendimento de pacientes de 48 municípios, que juntos somam pouco mais de dois milhões de habitantes. Além dos mutirões, o Oftalmológico realiza uma média de 200 cirurgias de cataratas por mês.
Expectativas
Antonio Sebastião Marcelino, 66 anos, morador de Votorantim, era um dos pacientes que aguardavam pela triagem na manhã deste sábado. Há dois anos ele operou um dos olhos com catarata, no Hospital Regional. "Já não enxergava mais nada. A gente vê como se tivesse uma fumaça. Não conseguia nem ler mais." O ótimo resultado da primeira intervenção e a indicação médica o levaram a entrar na fila para a triagem, na qual chegou às 6h30. "Acho que vou conseguir." A também votorantinense Helena Moreira dos Santos, 64 anos, teve a catarata diagnosticada há oito meses e estava na expectativa de conseguir resolver seu problema. "A gente enxerga tudo escuro." Já Maria Luiza Malvesil da Silva, 80 anos, foi encaminhada pela rede municipal de Itu. "Cheguei aqui antes das 8h."
Os pacientes foram atendidos por médicos que realizaram os exames necessários para diagnosticar a doença e comprovar a necessidade de cirurgia. Como foram 2,8 mil pacientes na triagem e serão 1,8 mil intervenções - 900 nos dias 14 e 15 de setembro e outras 900 nos dias 28 e 29 - os pacientes que não forem beneficiados neste momento ficarão no aguardo do próximo mutirão do SUS, para o qual terão prioridade.
A doença
A catarata é uma doença que causa cegueira, mas é reversível. Trata-se da opacidade do cristalino - a lente que temos dentro do olho - que acontece com o envelhecimento natural do organismo. A perda da transparência dificulta a chegada da luz à retina e a visão diminui, problema que não melhora mesmo com o uso de óculos. A doença atinge, principalmente, a população com mais de 60 anos. Na cirurgia o médico coloca uma lente no paciente, que é um novo cristalino artificial, como se fosse uma prótese no olho. O índice de recuperação satisfatória chega a 90% dos casos: feita a cirurgia, o paciente volta a enxergar. Essas lentes são definitivas e não precisam ser trocadas, a exemplo de outras próteses.
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