Maíra Fernandes
Evento, que passa a ser realizado na praça Zeca Padeiro, reúne bandas e promove exposições
Os vespas, de Porto Alegre (RS), que se apresenta às 17h40 - Divulgação
A terceira edição do Festival Ufscar de Música (Fumu) acontece neste sábado (29) e com novidades: pela primeira vez o evento não terá o próprio campus da universidade como cenário. Por conta de uma parceria entre os organizadores e a Secretaria de Cultura de Votorantim (Secult) para que o festival não fosse suspenso este ano por falta de verba, ele muda de endereço e acontece na praça Zeca Padeiro em Votorantim, e também de nomenclatura, passando para Festival Ufscar Votorantim de Música (Fuvmu). "A verba para o evento geralmente vinha da universidade. No primeiro ano foi assim. Já no ano passado usamos a verba que conseguimos com o projeto Música na Cidade; e este ano a verba que tínhamos era ridícula e nos vimos sem o respaldo da universidade. Resolvemos, então, buscar parcerias fora e fomos conversar com a Secult de Votorantim", explica uma das organizadoras do evento, Thabata Lima Arruda, que reforça ainda que a ideia com o festival sempre foi aproximar a comunidade da universidade, por isso a realização ocorria no próprio campus. "A intenção sempre foi trazer as pessoas para dentro do campus, muitos nem sabem que ele existe e acham que Ufscar é um bairro."
Como o novo endereço é uma praça, atividades como as oficinas que ocorriam nas edições anteriores não serão possíveis; em contrapartida, além da música a organização focou em exposições e intervenções de diferentes artistas.
Para Thabata, o novo endereço não atrapalha a realização do evento que já trouxe nomes como o rapper Emicida e surgiu de uma ideia de professores e alunos da Ufscar que trabalhavam com o projeto de extensão Música na Cidade. "Pensamos em ter um festival que consiga trazer esse hábito de pensar a cultura dentro do campus, que é novo, não tem curso voltado para arte e cultura, e também não é um local onde as pessoas permanecem após as aulas, pois faltam opções. O festival foi pensado nesse contexto, e também para que os alunos repensassem o papel deles na universidade", conta Thabata, que divide a organização com mais sete pessoas e tiveram trabalho também na hora de fazer a curadoria.
De acordo com ela, receberam material de bandas de diferentes locais do Brasil para o processo de seleção. "Tivemos 250 bandas inscritas, desde o Acre até João Pessoa, foi um trabalho bem árduo."
Atividades
O início do evento está programado para as 15h deste sábado, com abertura da banda Cacá Campos e os Chorões, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Depois, quem sobe ao palco são os votorantinenses da banda Conjecturas, às 16h. Neste ano, além das atrações da cidade e região, o evento conta com grupos musicais de diferentes estilos e regiões do Brasil. É o caso da banda Os vespas, de Porto Alegre (RS), que se apresenta às 17h40; Rocartê, também de Porto Alegre, às 18h40.
A cultura hip hop será representada pelo sorocabano Eumesmo Ângelo e sua banda, que tocam às 19h40. Na sequência, às 20h40, será a vez de o público conhecer o trabalho de Dr. Hank, de Canela e, depois, receber o trio paulistano O bardo e o banjo, que já se apresentou em agosto no campus, e volta à região para também participar do festival, às 21h40. O encerramento do festival acontece às 22h40 com os acreanos do Los porongas reafirmando a diversidade musical e cultural do evento.
O festival também terá seu momento de homenagem. Às 17h, a banda Madureira Pará Banda sobe ao palco para uma apresentação em memória de Fausto Pará Filho, músico sorocabano morto em um acidente de automóvel na madrugada do dia 2 de novembro deste ano. "Estamos preparando um repertório muito especial com duas canções do Fausto, Pena que só e Virada morena. Queremos mandar uma energia boa para todos os que comparecerem, queremos fazer que a alegria do Fausto perdure", conta o músico, fotógrafo e amigo Marcel Marques, que participa da banda junto com César Leandro Caiado, Lucas Gazzoli, Vitor Pantano, Yuri Mavignier e Armando Fernal.
Além da homenagem musical, Marques também apresenta uma exposição que mostra momentos compartilhados entre os dois amigos. "São fotos tiradas de maneira despretensiosa, que na época não tinham o significado que têm hoje", explica ele, que ainda participa do evento com a exposição Estranhos que conhecemos, "que mostra que qualquer um pode ser um psicopata", reitera.
As exposições e intervenções ocorrem simultaneamente às apresentações musicais. E, além do trabalho de Marques, estarão expostos também Despretensões em uma velha agenda, de Amanda Morettini; Palimpsesto, de Tiago Macambira; Caos da Arte, de Graziela Sette, entre outros trabalhos.
O conjunto feminino Ninfas do Amanhecer apresenta, fora do palco, um espetáculo que traz ao público uma viagem visual a partir de elementos da dança e da natureza.
Serviço
O Festival Ufscar Votorantim de Música acontece neste sábado na praça Zeca Padeiro, que fica na Avenida 31 de Março, Centro de Votorantim. A entrada é gratuita.

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