quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Em greve há 6 dias, servidores públicos reivindicam “igualdade”

Folha de Votorantim
Valdinei Queiroz

Se o prefeito não abrir negociação, funcionários do setor de saúde podem entrar na paralisação

Ao ter conhecimento do remanejamento da referência das auxiliares de serviços infantis de Votorantim, servidores públicos da prefeitura - aqueles que não são desse setor - disseram que foi uma forma de abrir precedente para que outras áreas da administração pública tenham a mesma equivalência. “Quando o prefeito anunciou que iria aumentar o salário das auxiliares de serviços infantis - quase 20% - foi um dos motivos para que ocorresse esta greve”, afirmou Eduardo Morales Gabriel, 47 anos, funcionário da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), cujo responsável é o vice-prefeito Silvano Donizetti Mendes (PTB).
Ontem a paralisarão dos funcionários da prefeitura entrou no quinto dia. Até o fechamento desta edição, o prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB) não havia convocado o presidente do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Votorantim, Isael Clareti, e mais três funcionários da administração pública para entrar em negociação.
De acordo com Gabriel, os servidores públicos têm em pauta duas reivindicações. A primeira é o aumento salarial. Como o Chefe do Executivo alavancou o salário das auxiliares de serviços infantis, outros funcionários da prefeitura querem “igualdade” – um mote que foi discorrido em vários momentos pelos grevistas. De acordo com o colaborador da Sesp, a cada dia esta paralisação vem crescendo. “Começou com a Sesp, depois foi a Educação e o Saae. Caso o prefeito não venha negociar conosco, amanhã (hoje, 10), o setor de saúde será paralisado”, disse Gabriel. Até ontem mais de 600 funcionários estavam de braços cruzados, segundo o sindicato.
Como adiantou o funcionário da Sesp, os servidores públicos da saúde já conversaram com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e, segundo Gabriel, tudo indica que irão aderir à paralisação, que deu início na última quinta-feira (5), parando os trabalhos da Sesp. Uma grande parcela dos funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pode aumentar o número de servidos parados.

Nota da prefeitura
Em nota, a Prefeitura informou que, no momento, não é possível afirmar efetivamente o número de funcionários em greve porque há pessoas que aderiram ao movimento e outras que estão sendo impedidas de trabalhar pelos grevistas.
Uma equipe da prefeitura está avaliando nesta segunda-feira (ontem) as medidas que podem ser tomadas contra os abusos que vem sendo cometidos. Pela legislação, o movimento deve manter 30% dos serviços em funcionamento, porém a coleta de lixo, que é um serviço essencial, está 100% paralisada e também há prejuízos acima do limite permitido no setor de serviços públicos e transporte escolar realizado pelo município.

Lixo pela cidade
Na Barra Funda (ao lado de uma Unidade Básica de Saúde), Fornazari (avenida Paschoal Gerônimo Fornazari) e Chave (rua Savóia), por exemplo, na manhã de ontem, haviam restos de comida e sacolas de lixo no chão, pois os contêineres estavam lotados, não havendo mais espaço para despejar o lixo.
Um morador do bairro da Chave pegou um contêiner, que estava em frente à agência bancária Banco do Brasil (avenida 31 de Março), e deslocou até sua moradia para amenizar a situação do lixo no seu bairro.

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