Jornal Cruzeiro do Sul
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Eduardo Morales teve 14 dias descontados do pagamento - ERICK PINHEIRO
A greve dos servidores municipais de Votorantim, que ocorreu entre os dias 5 e 13 de dezembro do ano passado, teve seu processo extinto, no 15º Tribunal Regional do Trabalho
A greve dos servidores municipais de Votorantim, que ocorreu entre os dias 5 e 13 de dezembro do ano passado, teve seu processo extinto, no 15º Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas, porém, ainda tem sido motivo de dor de cabeça para alguns funcionários públicos, devido ao desconto que alguns tiveram em seus holerites relativos ao mês de dezembro.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Votorantim, Isael Clareti, um ofício foi protocolado no gabinete no dia 19 de dezembro, com o intuito de negociar o pagamento e a compensação dos dias parados, além das férias e licenças prêmio, porém não obtiveram resposta, que de acordo com a Lei Orgânica do Município, teria que ser dada pela Prefeitura no prazo de 10 dias. Além disso, Clareti ainda declarou que entrou com uma medida cautelar - que impediria o desconto - na Procuradoria do Trabalho, em Sorocaba, também no dia 19, mas devido ao recesso, só pôde chegar às mãos dos juízes responsáveis no dia 7 de janeiro.
Uma das questões que mais têm gerado insatisfação por parte dos servidores é a falta de critério por parte da Prefeitura, em relação aos descontos nos salários. "Parece que o desconto está sendo feito pela "cor dos olhos". Para alguns funcionários foram descontados 2, 3, 4 dias na folha, enquanto outros tiveram 7, 8, 9 dias de desconto, ou mais. No meu caso, por exemplo, tive 14 dias descontados", afirmou o operador de máquinas, Eduardo Morales, 47. Já um funcionário que não quis se identificar teve nove dias descontados. "Esse dinheiro faz muita falta, normalmente recebo R$1.040,00, e dessa vez só recebi R$630,00", disse. O motorista Edgar Meira, 59, além de ter alguns dias descontados, ainda perdeu uma parte do seu ticket alimentação. "Tive R$454,00 descontados, e mais R$310,00 do ticket alimentação", contou.
O presidente do Sindicato, Isael Clareti, cobra da prefeitura um tratamento igual para todos. "É injusto, se você tem dois filhos, só porque um tem o olho azul e o outro tem o olho castanho, você dar um tratamento diferente a um deles", disse Isael Clareti, fazendo alusão ao aumento de 19,71% dado às auxiliares infantis, em dezembro do ano passado.
De acordo com Eduardo Morales, todos os impasses poderiam ser resolvidos através de uma negociação direta. "Tem que parar com esse negócio de "eu sou o prefeito e você é o servidor", acredito que tudo pode se resolver através de um diálogo", explicou. Além disso, Morales se mostrou insatisfeito com um projeto de lei de readequação do Código Tributário Municipal, votado no dia 18 de dezembro, durante uma sessão extraordinária. "Em novembro, o prefeito alegou que havia perdido 3 milhões na arrecadação, mas concedeu isenção de impostos a grupos particulares por 4 anos, será que esse dinheiro não poderia solucionar outros problemas?", indagou.
A Prefeitura de Votorantim informou que se manifestará oportunamente sobre o questionamento enviado. (Supervisão: Adalberto Vieira)
A greve dos servidores municipais de Votorantim, que ocorreu entre os dias 5 e 13 de dezembro do ano passado, teve seu processo extinto, no 15º Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas, porém, ainda tem sido motivo de dor de cabeça para alguns funcionários públicos, devido ao desconto que alguns tiveram em seus holerites relativos ao mês de dezembro.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Votorantim, Isael Clareti, um ofício foi protocolado no gabinete no dia 19 de dezembro, com o intuito de negociar o pagamento e a compensação dos dias parados, além das férias e licenças prêmio, porém não obtiveram resposta, que de acordo com a Lei Orgânica do Município, teria que ser dada pela Prefeitura no prazo de 10 dias. Além disso, Clareti ainda declarou que entrou com uma medida cautelar - que impediria o desconto - na Procuradoria do Trabalho, em Sorocaba, também no dia 19, mas devido ao recesso, só pôde chegar às mãos dos juízes responsáveis no dia 7 de janeiro.
Uma das questões que mais têm gerado insatisfação por parte dos servidores é a falta de critério por parte da Prefeitura, em relação aos descontos nos salários. "Parece que o desconto está sendo feito pela "cor dos olhos". Para alguns funcionários foram descontados 2, 3, 4 dias na folha, enquanto outros tiveram 7, 8, 9 dias de desconto, ou mais. No meu caso, por exemplo, tive 14 dias descontados", afirmou o operador de máquinas, Eduardo Morales, 47. Já um funcionário que não quis se identificar teve nove dias descontados. "Esse dinheiro faz muita falta, normalmente recebo R$1.040,00, e dessa vez só recebi R$630,00", disse. O motorista Edgar Meira, 59, além de ter alguns dias descontados, ainda perdeu uma parte do seu ticket alimentação. "Tive R$454,00 descontados, e mais R$310,00 do ticket alimentação", contou.
O presidente do Sindicato, Isael Clareti, cobra da prefeitura um tratamento igual para todos. "É injusto, se você tem dois filhos, só porque um tem o olho azul e o outro tem o olho castanho, você dar um tratamento diferente a um deles", disse Isael Clareti, fazendo alusão ao aumento de 19,71% dado às auxiliares infantis, em dezembro do ano passado.
De acordo com Eduardo Morales, todos os impasses poderiam ser resolvidos através de uma negociação direta. "Tem que parar com esse negócio de "eu sou o prefeito e você é o servidor", acredito que tudo pode se resolver através de um diálogo", explicou. Além disso, Morales se mostrou insatisfeito com um projeto de lei de readequação do Código Tributário Municipal, votado no dia 18 de dezembro, durante uma sessão extraordinária. "Em novembro, o prefeito alegou que havia perdido 3 milhões na arrecadação, mas concedeu isenção de impostos a grupos particulares por 4 anos, será que esse dinheiro não poderia solucionar outros problemas?", indagou.
A Prefeitura de Votorantim informou que se manifestará oportunamente sobre o questionamento enviado. (Supervisão: Adalberto Vieira)
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