sábado, 5 de abril de 2014

Bebê com síndrome rara pode viajar aos EUA para fazer cirurgia

 G1

Criança depende de transplante de quatro órgãos (Foto: Divulgação / Campanha 'Ajude a Sofia')

Depois que o Hospital das Clínicas de São Paulo (SP) informou que não tem condições de realizar a cirurgia no bebê de Votorantim (SP) Sophia Gonçalves de Lacerda, a criança poderá ser operada em um hospital especializado em Miami, nos Estados Unidos. A informação foi dada nesta sexta-feira (4) pelo advogado da família da criança, Miguel Navarro. Segundo Navarro, a determinação para que a viagem seja realizada poderá sair nos próximos dias.
O advogado Miguel Navarro contou que, na liminar concedida pela juíza da 3ª Vara Federal de Sorocaba, Sylvia Marlene de Castro Figueiredo, foi determinado que o Hospital das Clínicas teria 48 horas para internar e providenciar a cirurgia para a criança. Caso não realizasse ou não tivesse condições de fazer o transplante, deveria informar a Justiça, em até 2 dias, e ainda indicar uma instituição no exterior para a intervenção.
"Como o Hospital das Clínicas alegou não ter condições de fazer a cirurgia em uma criança tão pequena, hoje mesmo eu entrei em contato com o hospital em Miami para que eles enviasse, em caráter de urgência, os documentos com os custos da cirurgia para dar andamento ao processo e para que a família embarque o mais depressa possível", contou Navarro.
Na petição inicial do advogado, além do pagamento dos custos cirúrgicos que devem ser da ordem de US$ 1 milhão (R$ 2,244 milhões), ele também pediu à Justiça um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte do bebê e dos pais, um agente consular nos Estados Unidos para auxiliar a família e um delegado da Polícia Federal a fim de agilizar a documentação e o visto para a viagem. "De acordo com a juíza, tudo deve ser feito com rapidez a fim de que uma vida seja salva", concluiu o advogado.
Entenda o caso
Sofia sofre com a síndrome de Berdon, uma doença rara que provoca problemas no intestino, na bexiga e no estômago. Segundo a mãe, a menina nunca fez necessidades fisiológicas e se alimenta por meio de uma sonda.
Desde que descobriu a doença, a família está pedindo ajuda financeira para conseguir uma viagem até os Estados Unidos, único país onde há a possibilidade da realização da cirurgia que pode reverter o quadro de saúde da menina.
A campanha foi intitulada como "Ajude a Sofia" e ganhou força nas redes sociais e mais de 18 mil pessoas já curtiram e compartilharam a página (até está sexta-feira). A família pretende usar o dinheiro para o tratamento da menina.

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