sábado, 12 de abril de 2014

DESAPARECIDO HÁ TRÊS DIAS -Homem é encontrado morto no rio Sorocaba

 Jornal Cruzeiro do Sul
Adriane Mendes

 Segundo familiares, ele teria ficado desnorteado após passar por consulta médica na quarta-feira

 O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar o corpo do rio - CORTESIA / CARLOS SOUZA


O corpo de Alfredo Batista dos Santos, de 37 anos, que estava desaparecido desde a última quarta-feira, foi encontrado nesta sexta no rio Sorocaba, em Votorantim. O corpo apresentava um corte profundo na testa, mas para a polícia ainda é cedo para saber se ele pode ter sido vítima de homicídio ou mesmo acidente. Uma irmã da vítima, presente na margem do rio durante o reconhecimento feito por um amigo da família, disse que ele estaria desnorteado no dia em que sumiu, após ter ouvido de um médico de que estaria condenado à morte por um problema de saúde. O último gesto dele foi dar para outra irmã um livro evangélico com uma dedicatória.
O corpo foi visto por populares preso às pedras do rio na altura da avenida Nilton Vieira Soares, às 12h40. Estava despido na parte inferior e na testa apresentava um ferimento parecido com o provocado por uma pancada. Havia também faixas médicas nos dois pulsos, e de acordo com um conhecido da família que compareceu às margens do rio para fazer o reconhecimento, dias antes do desaparecimento, ocorrido na quarta-feira à noite, ele havia passado por uma unidade de saúde municipal e tomado soro.

A identificação, já com duas irmãs também presentes na margem do rio, aconteceu em torno das 15h30, com a chegada do perito Luís Ribeiro e fotógrafo Bernardo, da Polícia Técnica. Devido à rigidez cadavérica, o tenente Eduardo Oliveira, do Corpo de Bombeiros de Votorantim, acreditava que a morte tivesse ocorrido há três dias aproximadamente. O perito Luís Ribeiro disse que somente o exame do Instituto Médico Legal (IML), poderá apontar a causa da morte, e se o ferimento na cabeça foi decorrente de alguma pancada dada por alguém, ou mesmo pelo tombo ao cair no rio. O delegado plantonista, José Antonio Proença Martins, também compareceu ao local, e disse que a ocorrência seria de "morte suspeita", uma vez que não pode descartar nenhuma hipótese.

De acordo com a irmã mais velha da vítima, Eugênia Nardin, Alfredo bebia mas não tinha inimizades, e a família já o havia procurado até mesmo em hospitais. Muito abalada, ela contou que na quarta-feira ele passou por um médico no Posto de Saúde, que fica ao lado da Santa Casa, e que um médico teria dito que ele morreria por conta de um nódulo no pâncreas. Esse relato, segundo Eugênia, foi feito por outra irmã que acompanhou Alfredo na consulta.

Ainda de acordo com Eugênia, na quarta-feira ele deu um livro de autoria do bispo Edir Macedo para uma das irmãs com dedicatória, e depois saiu para ir ao bar, como sempre fazia, e não foi mais visto.

Tumulto

A detenção de uma moça por policiais militares, posteriormente identificada como sendo Lucilene Miranda, 23 anos, acabou causando manifestação de populares que se aglomeravam diante das margens do rio por causa da localização do corpo. A jovem, muito agitada, gritava que queria ver o corpo (coberto pelos bombeiros) para saber se era seu irmão, e em vários momentos, conforme algumas pessoas que lá estavam, ela chegou a ir para o meio da avenida e teria até mesmo acertado um tamanco numa viatura da Polícia Civil que passava pelo local.

Diante do comportamento da moça, o sargento Peres determinou que ela fosse contida e levada para um PA. No momento em que era algemada, populares se irritaram com os PMs, por entender que agiram com truculência. Já dentro da ambulância, Lucilene arrancou o vidro traseiro com um chute. Ela foi levada para a Delegacia Central e de lá encaminhada para o setor de psiquiatria do Hospital Regional.

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