Jornal Cruzeiro do Sul
A licença prévia para instalar um aterro de
inertes em Votorantim foi conquistada pela Prefeitura ontem, segundo
informou o secretário municipal do Meio Ambiente, Carlos Alberto Leite.
Materiais inertes são entulhos provenientes de demolições, reformas,
obras diversas, podas de árvores e outros similares. Agora o município
precisa de R$ 1,7 milhão para a instalar o aterro e obter outras
licenças ambientais. O secretário prestou tais informações na tarde de
ontem ao apresentar o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de
Resíduos Sólidos, em audiência pública, no auditório municipal Francisco
Beranger.
Com o objetivo de instalar o aterro de inertes, a
Prefeitura recorrerá às Parceiras Públicas Privadas (PPPs), tentará
programas do governo federal e se não conseguir, pretende usar recursos
do próprio município previstos para fazer esse investimento no ano que
vem, afirma o secretário Leite. Ele declarou que ontem estavam sendo
providenciadas as publicações da licença prévia emitida pela Cetesb e a
intenção é que o aterro esteja funcionando com todas as licenças até o
final de 2015. A área fica ao lado do aterro sanitário, no bairro
Jurupará, com acesso pelo quilômetro 105 da rodovia Raimundo Antonio
Soares.
Segundo o secretário Leite, com a licença prévia, o
futuro aterro já poderá receber o material como área de transbordo, até
que sejam providenciadas todas as instalações para aterrá-lo. Mas antes
precisará ser retirada a plantação de eucalipto e suas raízes existentes
no local. "A área foi cedida pelas empresas Votorantim SA, onde há
eucaliptos de reflorestamento da empresa Fibria e a municipalidade tem
que retirar. Para a área de transbordo é preciso um local limpo e
plano", explicou. Diz que não receberá caçambas de empresas particulares
e a destinação final naquele local ocorrerá depois que tiver usina de
reciclagem, núcleos de reciclagem e a vala de aterramento.
Além do recurso financeiro para a implantação do aterro de inertes, o
município ainda precisa conquistar na Cetesb as licenças de instalação e
depois a de funcionamento. O secretário Leite diz que o próximo passo
será a apresentação do projeto executivo, que garante a licença de
instalação. Ontem ele reconheceu que atualmente que tais resíduos "têm
ficado em áreas públicas, em cantos de bairros".
A falta de
um local legalizado para receber esse material vem sendo mostrado pelo
jornal Cruzeiro do Sul desde o ano passado, quando divulgou que há dez
anos o Ministério Público cobra uma solução para o caso. Em março
passado foi noticiada a multa de R$ 5 mil aplicada pela Polícia
Ambiental contra a Prefeitura, pelo despejo de resíduos sólidos em
desacordo com a legislação, no local conhecido como "Morro da Zap". (Leandro Nogueira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.