Leandro Nogueira
Presidentes dos diretórios do PT e PSDB firmaram acordo de não jogar nem distribuir "santinhos" domingo
Marcos Antonio Alves, do PT - PEDRO NEGRÃO
Em Votorantim, os "santinhos" dos candidatos deixarão de ser espalhados neste domingo, segundo turno das eleições, caso de fato seja respeitado o acordo assinado ontem entre os diretórios municipais do PSDB, do PT com o Ministério Público. Eles firmaram o compromisso de até sábado entregarem panfletos somente para os eleitores que desejarem pegar em mãos, ou seja, não mais serão lançados ao chão, inclusive na noite e madrugada que antecedem a eleição. O acordo foi firmado no Fórum de Votorantim, às 17 horas de ontem, pelo promotor de Justiça, Luiz Alberto Meirelles Szikora, pela presidente local do PSDB, Ana Criguer Rodrigues, pelo presidente local do PT, Marcos Antonio Alves, o Marcão Papeleiro, e como testemunhas assinaram o atual prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB) e o prefeito anterior, Carlos Augusto Pivetta (PT).
O promotor que teve a iniciativa de propor o acordo, Luiz Szikora, disse que o objetivo é evitar que a cidade volte a ser tomada pelos panfletos que causam danos à população como um todo, já entram nas casas, se acumulam na rede pluvial e quando há chuva ficam ainda mais escorregadios. "Já provocaram em outras cidades, inclusive em Bauru, em 2012, um acidente que levou uma idosa á morte", disse o promotor sobre os "santinhos". Ele explicou que a entrega em mãos só poderá ocorrer até a véspera, mas no dia das eleições os partidos acordaram em cumprir a legislação que proíbe o despejo ou distribuição dos impressos.
Como os partidos não aceitaram que fosse estipulado no acordo alguma penalidade prévia, o próprio promotor Luiz Szikora reconhece que a maior punição para quem deixar de cumprir o trato deverá partir do eleitor. "É realmente a desaprovação da conduta por parte da opinião pública. Justamente no dia da eleição (o candidato) passar a imagem para a população de alguém que não respeita os acordos que celebra e não respeita em prejuízo da população", observou Luiz Szikora. Apesar do compromisso ter deixado de estabelecer penalidade, o promotor de Justiça relata que "o acordo é um título executivo extrajudicial, portanto, pode vir a ensejar alguma penalidade em processo ajuizado para esse fim."
As assinaturas do atual e do ex-prefeito como testemunhas foram solicitadas pelo promotor de Justiça. Ele explicou que ambos são lideranças e expoentes incontestáveis dos dois partidos que estão na disputa. "Muitas vezes o presidente do diretório municipal acaba tendo uma série de atribuições administrativas dentro da estrutura partidária e as vezes as grandes lideranças do partido não se concentram só nesses órgãos diretivos", argumentou Luiz Szikora.
A presidente do diretório tucano, Ana Criguer Rodrigues, elogiou a iniciativa do Ministério Público. "Será sem esparramar sujeira e entupir bocas de lobo", declarou. Sem descartar o risco de surgirem "santinhos" ela enfatizou que combinou com os partidos coligados para que isso não ocorra. O prefeito Erinaldo Alves da Silva disse que é o início de um processo a fim de reeducar e criar o hábito para que a eleição seja mais consciente, onde as pessoas escolham previamente os seus candidatos e não precisem pegar papéis no chão.
O presidente do diretório do PT, Marcão Papeleiro, citou o clamor da população para que os "santinhos" deixem de ser despejados. "O PT vê isso com bons olhos. Os panfletos só são jogados porque os eleitores ficam procurando no chão para votar", declarou. Sobre o risco do descumprimento ele foi enfático: "Quem tentar emporcalhar a cidade fará isso sozinho, sem o apoio dos partidos." O ex-prefeito Pivetta disse que vê com muito bons olhos esse compromisso com os dois partidos que questão na disputa eleitoral. "É um ganho para a cidade", declarou.
O promotor que teve a iniciativa de propor o acordo, Luiz Szikora, disse que o objetivo é evitar que a cidade volte a ser tomada pelos panfletos que causam danos à população como um todo, já entram nas casas, se acumulam na rede pluvial e quando há chuva ficam ainda mais escorregadios. "Já provocaram em outras cidades, inclusive em Bauru, em 2012, um acidente que levou uma idosa á morte", disse o promotor sobre os "santinhos". Ele explicou que a entrega em mãos só poderá ocorrer até a véspera, mas no dia das eleições os partidos acordaram em cumprir a legislação que proíbe o despejo ou distribuição dos impressos.
Como os partidos não aceitaram que fosse estipulado no acordo alguma penalidade prévia, o próprio promotor Luiz Szikora reconhece que a maior punição para quem deixar de cumprir o trato deverá partir do eleitor. "É realmente a desaprovação da conduta por parte da opinião pública. Justamente no dia da eleição (o candidato) passar a imagem para a população de alguém que não respeita os acordos que celebra e não respeita em prejuízo da população", observou Luiz Szikora. Apesar do compromisso ter deixado de estabelecer penalidade, o promotor de Justiça relata que "o acordo é um título executivo extrajudicial, portanto, pode vir a ensejar alguma penalidade em processo ajuizado para esse fim."
As assinaturas do atual e do ex-prefeito como testemunhas foram solicitadas pelo promotor de Justiça. Ele explicou que ambos são lideranças e expoentes incontestáveis dos dois partidos que estão na disputa. "Muitas vezes o presidente do diretório municipal acaba tendo uma série de atribuições administrativas dentro da estrutura partidária e as vezes as grandes lideranças do partido não se concentram só nesses órgãos diretivos", argumentou Luiz Szikora.
A presidente do diretório tucano, Ana Criguer Rodrigues, elogiou a iniciativa do Ministério Público. "Será sem esparramar sujeira e entupir bocas de lobo", declarou. Sem descartar o risco de surgirem "santinhos" ela enfatizou que combinou com os partidos coligados para que isso não ocorra. O prefeito Erinaldo Alves da Silva disse que é o início de um processo a fim de reeducar e criar o hábito para que a eleição seja mais consciente, onde as pessoas escolham previamente os seus candidatos e não precisem pegar papéis no chão.
O presidente do diretório do PT, Marcão Papeleiro, citou o clamor da população para que os "santinhos" deixem de ser despejados. "O PT vê isso com bons olhos. Os panfletos só são jogados porque os eleitores ficam procurando no chão para votar", declarou. Sobre o risco do descumprimento ele foi enfático: "Quem tentar emporcalhar a cidade fará isso sozinho, sem o apoio dos partidos." O ex-prefeito Pivetta disse que vê com muito bons olhos esse compromisso com os dois partidos que questão na disputa eleitoral. "É um ganho para a cidade", declarou.
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