A tela 'Desdobramento', de 3,8 metros de largura, é um dos destaques da exposição - Aldo V. Silva
Para marcar a passagem do 51º aniversário da emancipação político administrativa de Votorantim comemorado amanhã (1º), o Aquário Cultura vai receber a exposição Ettore Marangoni - Retratos de Votorantim e outras histórias. A mostra, que reúne telas e estudos gráficos do artista suíço radicado em Votorantim, será aberta na terça (2) às 20h, e poderá ser vista até 23 de dezembro.
Além de 21 quadros que fazem parte do acervo permanente do Museu Histórico de Votorantim, a mostra terá cinco telas e 21 estudos emprestados pela família do artista. "Mais do que mostrar ao público os trabalhos que contam a história de Votorantim, a exposição também apresenta outras técnicas que o Ettore Marangoni dominava, mas que são menos conhecidas", explica o curador da exposição, Wesley Carlos da Silva.
Os cinco quadros cedidos pela família também ajudam a reconstruir a biografia do artista que nasceu em 1907 na cidade de Baar, na Suíça, e veio ao Brasil com 8 anos de idade. Além de um autorretrato, os visitantes poderão conhecer a primeira tela pintada por ele, o quadro declaradamente favorito e a obra que conquistou o prêmio mais importante da carreira do artista: um concurso de arte no Rio de Janeiro, na década de 1950.
Já os estudos em folha sulfite, cedidos pela família de Marangoni, foram feitos a lápis e bico de pena e retratam passagens importantes da história de Votorantim, como a primeira missa e a visita de Dom Pedro 2 à cachoeira do bairro da Chave. "Esses desenhos eram esboços das telas, mas algumas não chegaram a ser pintadas. Entretanto, ele [Marangoni] era tão detalhista que o próprio estudo é uma obra de arte pronta", comenta o curador da exposição.
Há, ainda estudos que retratam os bairros Santa Helena e Barra Funda, Capela da Penha, Capela Coração de Jesus e Capela do Pópulo, entre várias outras. Uma das peças mais emblemáticas no que diz respeito à relação de amor de Marangoni por Votorantim é o quadro Desdobramento, que, em 3,8 metros de largura, retrata uma linha do tempo que remete ao processo civilizatório de Votorantim, que vai do período colonial até a emancipação da cidade em 1963.
O curador da exposição explica que as pinturas de Marangoni foram feitas a partir dos estudos desenvolvidos pelo historiador e amigo do artista Aluísio de Almeida. "Ele [Marangoni] transformava as pesquisas em imagens", conta. Tendo escolhido Votorantim para morar, Ettore Marangoni chegou a trabalhar com fotogravuras para os tecidos da Companhia Nacional de Estamparia. O artista, que recebeu o título de Cidadão Votorantinense, morreu em 1992.
O público que visitar o Aquário Cultura também poderá conhecer a faceta de escultor e inventor de Marangoni. Isso porque a exposição também conta com um busto do industrial Porfírio Machado e um projetor de ferro com data desconhecida feitos pelo artista.
Processo de restauração
Para serem expostos ao público, os quadros pertencentes ao acervo municipal, adquiridos em 1988, tiveram de ser restaurados. De acordo com o secretário de Cultura de Votorantim, Marcelo Domingues, boa parte das obras estava guardada de maneira inadequada e algumas molduras e chassis haviam sido consumidas por brocas e cupins. "Infelizmente não havia esse cuidado que as obras dele merecem, até porque, além do valor artístico, as telas do Marangoni são importantes no sentido de contar a história da cidade. Além da restauração, todas as obras foram devidamente catalogadas", diz Domingues.
Wesley Silva, que também é funcionário da Secretaria de Cultura, detalha que algumas telas também sofreram danificação, como riscos e perfurações provocadas por prego. "Agora as molduras foram padronizadas com madeira de alta qualidade", detalha. O processo de restauração dos 21 quadros foi feito por uma empresa especializada e durou cerca de três meses.
Serviço
A exposição Ettore Marangoni - Retratos de Votorantim e outras histórias, no Aquário Cultura, abre na terça às 20h e pode ser vista diariamente das 12h às 22h. O Aquário Cultura fica na avenida Oséias Guitti, 41, Jardim Paraíso, ao lado da Praça de Eventos Lecy de Campos
Além de 21 quadros que fazem parte do acervo permanente do Museu Histórico de Votorantim, a mostra terá cinco telas e 21 estudos emprestados pela família do artista. "Mais do que mostrar ao público os trabalhos que contam a história de Votorantim, a exposição também apresenta outras técnicas que o Ettore Marangoni dominava, mas que são menos conhecidas", explica o curador da exposição, Wesley Carlos da Silva.
Os cinco quadros cedidos pela família também ajudam a reconstruir a biografia do artista que nasceu em 1907 na cidade de Baar, na Suíça, e veio ao Brasil com 8 anos de idade. Além de um autorretrato, os visitantes poderão conhecer a primeira tela pintada por ele, o quadro declaradamente favorito e a obra que conquistou o prêmio mais importante da carreira do artista: um concurso de arte no Rio de Janeiro, na década de 1950.
Já os estudos em folha sulfite, cedidos pela família de Marangoni, foram feitos a lápis e bico de pena e retratam passagens importantes da história de Votorantim, como a primeira missa e a visita de Dom Pedro 2 à cachoeira do bairro da Chave. "Esses desenhos eram esboços das telas, mas algumas não chegaram a ser pintadas. Entretanto, ele [Marangoni] era tão detalhista que o próprio estudo é uma obra de arte pronta", comenta o curador da exposição.
Há, ainda estudos que retratam os bairros Santa Helena e Barra Funda, Capela da Penha, Capela Coração de Jesus e Capela do Pópulo, entre várias outras. Uma das peças mais emblemáticas no que diz respeito à relação de amor de Marangoni por Votorantim é o quadro Desdobramento, que, em 3,8 metros de largura, retrata uma linha do tempo que remete ao processo civilizatório de Votorantim, que vai do período colonial até a emancipação da cidade em 1963.
O curador da exposição explica que as pinturas de Marangoni foram feitas a partir dos estudos desenvolvidos pelo historiador e amigo do artista Aluísio de Almeida. "Ele [Marangoni] transformava as pesquisas em imagens", conta. Tendo escolhido Votorantim para morar, Ettore Marangoni chegou a trabalhar com fotogravuras para os tecidos da Companhia Nacional de Estamparia. O artista, que recebeu o título de Cidadão Votorantinense, morreu em 1992.
O público que visitar o Aquário Cultura também poderá conhecer a faceta de escultor e inventor de Marangoni. Isso porque a exposição também conta com um busto do industrial Porfírio Machado e um projetor de ferro com data desconhecida feitos pelo artista.
Processo de restauração
Para serem expostos ao público, os quadros pertencentes ao acervo municipal, adquiridos em 1988, tiveram de ser restaurados. De acordo com o secretário de Cultura de Votorantim, Marcelo Domingues, boa parte das obras estava guardada de maneira inadequada e algumas molduras e chassis haviam sido consumidas por brocas e cupins. "Infelizmente não havia esse cuidado que as obras dele merecem, até porque, além do valor artístico, as telas do Marangoni são importantes no sentido de contar a história da cidade. Além da restauração, todas as obras foram devidamente catalogadas", diz Domingues.
Wesley Silva, que também é funcionário da Secretaria de Cultura, detalha que algumas telas também sofreram danificação, como riscos e perfurações provocadas por prego. "Agora as molduras foram padronizadas com madeira de alta qualidade", detalha. O processo de restauração dos 21 quadros foi feito por uma empresa especializada e durou cerca de três meses.
Serviço
A exposição Ettore Marangoni - Retratos de Votorantim e outras histórias, no Aquário Cultura, abre na terça às 20h e pode ser vista diariamente das 12h às 22h. O Aquário Cultura fica na avenida Oséias Guitti, 41, Jardim Paraíso, ao lado da Praça de Eventos Lecy de Campos
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