quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Suspeito confessa ter usado drogas no dia em que abandonou criança na rua e deixou corpo da mãe em represa

Por Carlos Dias*, G1 Sorocaba e Jundiaí

Rapaz prestou depoimento pela segunda vez em Votorantim. Jovem foi achada morta após sumir com a filha de dois anos em Sorocaba. Criança foi encontrada por moradores abraçada em árvore.

Vítima foi encontrada em represa em Votorantim (Foto: Reprodução/TV TEM)

rapaz que esteve com a mãe da menina encontrada sozinha e abraçada a árvore na rua, em Sorocaba (SP), foi ouvido pela segunda vez pela Polícia Civil nesta quinta-feira (18), em Votorantim (SP). A jovem Juliana Jovino foi encontrada morta horas depois em uma represa.

De acordo com o delegado Gilberto Montenegro Costa Filho, responsável pelo caso, o suspeito Celso Rodrigues Nunes, de 33 anos, esteve no 2º DP de Votorantim, na mesma cidade onde mora, e confessou ter usado drogas entre os dias 23 e 24 de dezembro, quando Juliana foi encontrada morta na represa de Itupararanga depois que a filha dela, de 2 anos, foi achada sozinha na rua.

Logo após prestar esclarecimentos pela segunda vez, ele foi liberado. Segundo a Polícia Civil, ele pode ser indiciado por pelo menos três crimes. O caso ainda está em andamento pela delegacia da cidade.

1º depoimento
Na primeira vez em que prestou depoimento, na quarta-feira (10), o suspeito contou que conheceu Juliana no dia 23 e foram sozinhos até um bar no mesmo bairro. Até então, ele só havia falado que tinha consumido apenas bebida alcoólica e a jovem, drogas, durante toda a noite. Conforme o relato de Celso, os dois decidiram ir a um churrasco na casa de uma amiga da jovem, no mesmo bairro.

Por volta do meio-dia do dia 24 de dezembro, conforme o depoimento, Juliana decidiu buscar a filha em casa e levá-la até o local em que estava com Celso. Após horas no churrasco, os dois saíram também com a criança até a casa dele, em Votorantim.

"O Celso relatou que os dois estavam juntos em um dos cômodos e a menina teria ficado brincando no quintal. Em determinado momento Juliana começou a ficar roxa, após usar mais drogas. Ele disse que tentou acordá-la durante uma hora", contou o delegado, no 1º depoimento.
O suspeito disse no relato que, desesperado e embriagado, optou por colocar o corpo desacordado no banco de trás do carro e a criança no banco da frente antes de voltar para Sorocaba e deixar a menina no bairro Eldorado, zona leste de Sorocaba, ainda de dia. A criança foi encontrada por moradores abraçada em uma árvore.

Horas depois de deixar a criança, ele foi até a represa de Votorantim e colocou o corpo de Juliana na água. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Juliana morreu por afogamento. O laudo toxicológico ainda não foi concluído e deve apontar se havia drogas no sangue da vítima.

Por telefone, na época, Rosana Jovino, irmã da jovem, disse ao G1 que Juliana não sabia nadar e que não tinha conhecimento sobre o uso de drogas.

O caso
A filha de Juliana foi encontrada somente de fralda e abraçada a uma árvore no Jardim Eldorado, em Sorocaba, no dia de Natal. Horas após moradores acionarem a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal (GCM), o corpo da mãe da menina foi encontrado boiando na represa de Itupararanga, em Votorantim.

Por meio de fotos, a família identificou o corpo de Juliana, que estava desaparecida desde domingo (24), quando saiu de casa dizendo que passaria o Natal na casa de uma amiga, no Jardim Itanguá.

A criança chegou a passar a virada de ano novo em um abrigo, mas os avós tiveram a guarda provisória.

*Com informações de Sandra Fonseca/TV TEM

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