quinta-feira, 24 de maio de 2018

Risco de desabastecimento provoca filas em postos nas regiões de Sorocaba e Jundiaí

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

Algumas unidades estão com as bombas vazias devido à paralisação dos caminhoneiros, que já dura quatro dias. Quem depende do transporte público também enfrenta problemas.

Postos de combustível amanhecem com filas nas regiões de Sorocaba e Jundiaí (Foto: Reprodução/TV TEM)

Os postos de combustível estão com filas em cidades das regiões de Sorocaba e Jundiaí (SP), nesta quinta-feira (24). O risco do desabastecimento provoca uma corrida dos motoristas aos postos.

Em Sorocaba, alguns postos estão enfrentando filas desde a noite de quarta-feira (23), quando os motoristas decidiram abastecer os veículos assim que saíram do trabalho. Muitos começaram o dia fechados com cones e correntes.

Greve dos caminhoneiros chega ao 4º dia; acompanhe ao vivo
Uma das unidades visitadas pela reportagem da TV TEM na manhã desta quinta-feira vendeu 17 mil litros de combustível em um dia, sendo que a média é de 10 mil litros diários. O diesel comum acabou no local, só sobrou o S10.

"Esse é o terceiro posto que eu estou tentando colocar e não consigo abastecer", conta um rapaz que trabalha como vendedor e precisa da caminhonete para rodar o restante da semana.

De acordo com o presidente do Sincopetro, Jorge Marques, se até o fim da semana o transporte não for regularizado, pode faltar combustível na cidade.

"Nós estamos na metade dos estoques. Como não está havendo reprodução, só está havendo venda e uma certa agitação por parte do consumidor diante deste bloqueio, a tendência para o fim da semana é que os estoques fiquem bem baixos", explica.

Reflexos nos serviços
Por conta da paralisação, a Prefeitura de Itu informou que, com exceção dos serviços essenciais nas áreas de saúde, segurança e funerária, estão suspensos os serviços municipais que dependem de uso de veículos e máquinas.

Os serviços prestados em equipamentos públicos municipais como, por exemplo, protocolo, cadastro imobiliário, Centro De Atendimento Da Dívida Ativa (cada), continuam funcionando.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) afirma que as paralisações dos caminhoneiros já causam desabastecimento nos supermercados, em especial frutas, legumes e verduras, que são perecíveis e de abastecimento diário.

Carnes e produtos industrializados que levam proteínas no processo de fabricação já estão com as entregas comprometidas pelos atrasos no reabastecimento.

A entidade espera resoluções imediatas para que a população não sofra com a falta de produtos de necessidade básica.

Em função da greve, os postos que atendem à DAE, empresa de água e esgoto em Jundiaí, também estão sem combustível. Por conta disto, as equipes de obras e manutenção irão trabalhar em esquema de plantão nos próximos dias, atendendo somente casos emergenciais.
Quem depende do transporte público também pode ter problemas em Sorocaba. Os veículos, que geralmente abastecem nas próprias garagem das empresas, foram parar em postos da zona leste.

Cerca de 180 mil passageiros dependem dos ônibus municipais diariamente na cidade. De acordo com a Urbes, não há previsão para uma nova entrega de combustível. Em caso de desabastecimento, deve haver uma paralisação geral dos veículos.

Os ônibus começaram a circular com frota reduzida por volta das 19h, em Votorantim. A empresa São João informou que vai priorizar os horários de pico, das 6h30 às 8h30 e das 16h30 às 19h. Como o estoque de combustível está baixo na garagem, o grupo estuda reduzir a frota em linhas de outras cidades também.

Em Salto, a empresa Nardelli disse que está com o estoque de combustível acabando na garagem e, em Itu, onde 30 mil passageiros precisam do transporte público todos os dias, 20% da frota foram reduzidos.
EMTU
Devido à greve dos caminhoneiros, a EMTU informa que as empresas de ônibus metropolitanos estão enfrentando problemas de abastecimento. Na Região Metropolitana de Sorocaba, 70% da frota está nas ruas.

A região é atendida por 90 linhas metropolitanas, com uma frota de cerca de 170 veículos. São, em média, 50 mil passageiros transportados diariamente.

Pontos de manifestação
O quarto dia da greve dos caminhoneiros começou com atos pacíficos em três cidades da região: na rodovia Raposo Tavares, próximo ao quilômetro 75, em Alumínio; na rodovia Raimundo Antunes Soares, a SP-79, em Votorantim; e na entrada de Salto de Pirapora.


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