Notícia publicada na edição de 31/10/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno E
Quem aproveitou o fim de semana prolongado pelo feriado de Finados para passear, viajou na noite de sexta-feira e na manhã de ontem. Na tarde de ontem, as plataformas de embarque da rodoviária de Sorocaba ficaram lotadas de viajantes que estavam a caminho das cidades em que votam para cumprir seu dever de cidadão e eleger o próximo presidente da República. Não vou deixar passar o meu direito. Já matei as saudades, agora vou votar, disse Mariam Fidalgo, de 52 anos, enquanto aguardava o ônibus que a levaria até a cidade de Itararé, onde mora.
Mariam passou 15 dias em Votorantim, com o filho Leonardo Fidalgo. Se não fossem as eleições, ela voltaria para casa somente hoje. Adiantei um dia. Se tivesse que votar para deputado, não ligaria. Mas para presidente faço questão, falou, ao lado do filho, que ainda não transferiu o título, desde que se mudou, e terá que justificar sua ausência da sessão eleitoral.
Numa outra plataforma, Gilmara Dias Batista, de 25 anos, e Flávio Vinícius da Costa, de 22 anos, também iriam pegar a estrada para votar. Ela, em Capão Bonito, e ele em Itapeva. Cada um tem uma forma de pensar. Tenho a esperança de que um dia as coisas mudem, falou Flávio. Gilmara aproveitaria para visitar a família. Está todo mundo por lá. Além disso, vale a pena ir até lá para votar, contou a moça, que nem pensou na possibilidade de justificar o voto como uma alternativa para evitar o deslocamento.
Para algumas pessoas, entretanto, viajar para votar não foi somente uma questão de escolha, mas de obrigação. A professora Maria Dias Anselmo, de 40 anos, antecipou sua volta para Apiaí, onde mora - depois de uma breve visita à irmã que vive em Sorocaba - porque foi convocada para trabalhar nas eleições. Se não fosse isso, eu voltaria para casa somente na segunda-feira e justificaria meu voto, confessou.
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