sábado, 4 de fevereiro de 2012

Bailarino votorantinense prepara novo espetáculo

 Notícia publicada na edição de 04/02/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 002 do caderno C

Segue de vento em popa a carreira do bailarino votorantinense Felipe Vian. Recém-chegado de um período de estudos em Nova York, Vian renovou ainda mais o entusiasmo e a disposição de compartilhar, por aqui, as vivências por lá adquiridas. Cada viagem ao exterior parece abastecê-lo ainda mais de energia. Como aconteceu no ano passado, quando esteve em Veneza, na Itália, sob a orientação de Ismael Ivo e levou à cena, no auditório Francisco Beranger, "Toomuch, Um Lugar para Estar", Felipe deve, também agora, montar um espetáculo que toma por base aquilo que aprendeu.

"Matando um Leão por Dia" é o título da montagem, resultado do exercício da percepção artística que ele praticou nos últimos seis meses. Felipe Vian seguiu para os Estados Unidos a convite do professor de história da dança Stefano Tomassini para conhecer as diversas leituras e interpretações possíveis sobre o corpo em movimento. Para tanto, fez um "tour" pela cidade e conheceu as principais companhias de dança contemporânea locais.
Esteve na "New York Citty Ballet", no "Lincoln Center for the Performing Arts", assistiu aulas no "Alvin Ailey American Dance Theater, da Julliard School, e ouviu palestras sobre Pina Bausch, Forsythe e Mercer Cunningham. Viajou, ainda, para a Filadelfia para conhecer a Universidade de Artes, a convite da bailarina Noelle Cotler. Felipe absorveu esse conteúdo todo e, mais do que motivado, quis aplicá-lo o mais depressa possível.
O start para isso aconteceu quando caminhava pela Wall Street, o coração financeiro de Nova York. A famosa rua que inspirou produções para o cinema é um espécie de babel, onde as pessoas gritam suas angústias, divulgam mensagens de fundo religioso, gritam, extravasam. Vian ficou fascinado pela diversidade de posicionamentos, de tipos humanos. Foi o suficiente para pensar num espetáculo que reproduzisse aquela atmosfera.
"Pareceu-me ver, ali, o que acontece em "Hair", quando os hippies protestavam contra a guerra do Vietnã", descreve o bailarino. "Matando um Leão por Dia", conforme Felipe, sintetiza a batalha cotidiana de gente que busca se firmar, em melhores oportunidades. Ele tem o espetáculo já formatado e trabalha na escalação do elenco. Outra ideia que pretende ver colocada em prática é a realização de um fórum para debater experiências no campo da dança contemporânea. A montagem deve estrear já em março.

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