Ana Paula Yabiku
Cidade já contabiliza 10 casos sendo oito importados e outros dois que ainda estão em fase de investigação
Além do trabalho de nebulização, servidores trabalham na eliminação dos possíveis focos do mosquito - Por: Emídio Marques
Izilda Maris Chiozzotto de Moraes, secretária de Saúde de Votorantim - Por: Divulgação
Os casos foram registrados no Jardim Europa, Jardim Clarice, Rio Acima, Barra Funda, Jardim Tatiana, São Lucas, Jardim Serrano, Pró-Morar, Parque Jataí e Novo Mundo. Os dois casos em investigação estão no Serrano e Novo Mundo. Considerando-se os casos importados e que cada um deles foi confirmado em um bairro diferente, no entanto, não existe uma preocupação sobre a concentração do mosquito em determinada região.
No ano passado, apenas uma pessoa foi contaminada pela dengue no município. A situação, admite a secretária, foi atípica em 2012. "Esperávamos um número maior de doentes, mas fomos surpreendidos positivamente", continua. O crescimento do número de casos de lá para cá deve-se, de acordo com Izilda, a dois fatores principais. Durante o Carnaval, explica ela, muitos votorantinenses aproveitam o feriado prolongado para viajar e podem acabar contraindo a doença fora da cidade. Além disto, a incidência de dengue também tem sido maior este ano nos municípios da região. Na vizinha Sorocaba, por exemplo, já foram confirmados 132 casos da doença (leia matéria na pág. A5).
Em função disto, os agentes do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria da Saúde de Votorantim estão realizando ações de nebulização em bairros onde há notificação de suspeita de casos da doença. Com o trabalho de aplicação de veneno nas casas, a proposta é eliminar o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, existente na região. Durante esta semana, as ações ocuparam o Jardim Serrano II: as proximidades da rua Elzir Ribeiro foram os principais alvos. Para ajudar na campanha deste ano, a Secretaria da Saúde admitiu ontem mais 16 agentes que passarão a integrar a equipe da Zoonoses.
Além do trabalho de nebulização, os funcionários trabalham na eliminação dos possíveis focos de criadouro do mosquito. As equipes estão percorrendo as casas e conversando com os moradores para que o veneno possa ser aplicado no entorno da residência mas, para isso, as pessoas devem permanecer do lado de fora da casa. "Primeiramente, temos que orientar a população, porque a responsabilidade maior é dela", explica Izilda. Periodicamente, também são realizadas visitas a pontos estratégicos, como borracharias, depósitos de recicláveis, escolas e creches, além de outros lugares que podem ter maior incidência de larvas.
A secretária adverte, no entanto, que as ações de prevenção contra a dengue devem ser mantidas ao longo de todo o ano. Toda pessoa que apresentar os sintomas da doença (como febre alta, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda de apetite, manchas pelo corpo, náuseas, vômitos, tonturas, cansaço, moleza e dor no corpo) deve procurar pela Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa para um diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura. Mesmo antes de se dirigir ao médico, é orientado que já se inicie a hidratação em caso de suspeita de dengue. O aconselhável é não tomar nenhum tipo de medicamento sem prescrição médica.
A população pode contribuir mantendo as caixas d"água, cisternas e poços vedados e sem água acumulada sobre as tampas; e os pneus em abrigos e sem água; desobstruindo as calhas, canos e ralos e, caso não sejam utilizados, mantendo-os vedados; cobrindo com areia os cacos de vidro dos muros; verificando se as bandejas de ar condicionados não estão com acúmulo de água; não jogando lixo em terreno baldio, valas, valetas, margens de córrego e riacho; desinfetando regularmente os ralos e tratando semanalmente a água da piscina com cloro. Caso esteja em desuso, a piscina também precisa estar coberta.
Três casos em Mairinque
Na cidade de Mairinque, por sua vez, foram confirmados três casos de dengue em 2013: todos eles, no entanto, são importados. Os registros tratam-se de munícipes que viajaram para as cidades de Ariquemes, em Rondônia; Presidente Venceslau, em São Paulo; e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Apesar dos casos registrados não terem sido contraídos na cidade, a equipe de combate à dengue da Prefeitura de Mairinque tem realizado ações de prevenção contra o mosquito Aedes Aegypti em pontos específicos do município, com a eliminação e o tratamento de possíveis criadouros.
São visitados lugares onde há maior concentração de objetos que possam acumular água, como pátios de recolhimento de veículos e depósitos de materiais recicláveis, que são monitorados frequentemente. Os agentes tratam quimicamente os recipientes que não podem ser retirados, apontam lugares que precisam ser cobertos e recolhem larvas para que possam ser feitos testes laboratoriais para comprovar se são ou não do mosquito transmissor da dengue.
A população, segundo a supervisora da equipe de combate à dengue, Vera Lúcia Andrade Firmino, também precisa colaborar e não descuidar em momento nenhum. "Sem a ajuda dos moradores, o trabalho realizado pela equipe, as ações de bloqueio e a prevenção não dão resultado, pois para ser de forma completa, a população tem que fechar o cerco contra o mosquito também, de forma simples, apenas em não deixar água parada em qualquer lugar da casa", completa Vera. (Supervisão: Aldo Fogaça)


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