Câmara condiciona a aprovação de reforma a diálogo com servidor

 Notícia publicada na edição de 11/12/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 005 do caderno A
 José Antonio Rosa

Audiência pública debateu itens da reforma proposta por Erinaldo - PEDRO NEGRÃO

A Câmara de Votorantim admite não votar o projeto de reforma administrativa do prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB), caso o governo não discuta mais amplamente a proposta com os servidores públicos municipais e não encaminhe as negociações com a categoria em greve há mais de uma semana. Na próxima sexta-feira, depois de amanhã, uma mesa redonda na Procuradoria do Trabalho do Município, tentará encontrar solução para o impasse.

A possibilidade de não votar o projeto na sessão de segunda-feira, dia 16, resultou de questão de ordem encaminhada ontem pelo vereador Marcão Papeleiro (PT) durante audiência pública realizada na Casa para discutir o assunto. Debaixo de protesto e críticas, o secretário da Administração, João Domingos Moura explicou alguns itens da iniciativa, mas não conseguiu aplacar a insatisfação dos trabalhadores que acompanharam o encontro.
A principal crítica dos funcionários está voltada ao que chamam de tratamento desigual dado à carreira. Em novembro, a administração concedeu aumento de 19,77% às auxiliares de serviço infantil. Oferece, agora, aos demais quadros índice muito menor. Os participantes apresentaram denúncias sobre desvio de função dentro do serviço público e reclamara da ausência de vereadores da base aliada.
A audiência foi acompanhada pelo presidente da Mesa, Héber Martins, Pedro Nunes (ambos do PDT), Marcão Papeleiro, e Joãzinho Queiros (PT). Sem ter quem fizesse o contraponto às reclamações, o governo deverá enfrentar resistência no encaminhamento da matéria. Na assistência, servidores chegaram a chamar o prefeito de "ditador", referência ao fato de que não se reúne com os dirigentes sindicais para resolver o problema.
Um dos pontos discutidos durante a reunião foi a situação dos trabalhadores do Saae que estão sem função. Muitos aguardam para saber quando e como serão reaproveitados em outros setores da administração. Até o final da semana, a Mesa Diretora decide se vota, ou não, os projetos do Executivo.