Uma mulher de 24 anos foi morta pelo companheiro na madrugada desta quinta-feira (17) no Parque Jataí, em Votorantim.
Fachada da Delegacia da Mulher de Votorantim
De acordo com a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Votorantim, Adriana de Sousa Pinto, a morte ocorreu após um espancamento.
A Polícia Militar foi acionada pela equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento de Votorantim, por volta das 7h10 para averiguação de morte suspeita.
A vítima, K.T.P., foi levada ao local pelo Corpo de Bombeiros após um chamado do cônjuge. Ela apresentava diversos hematomas pelo rosto e corpo e deu entrada já sem vida ao pronto-socorro.
De acordo com o relato da Polícia Militar, o companheiro R. A. de O., 33 anos, apresentava sinais de machucados em sua mão direita, o que levantaram suspeitas. Questionado pelos policiais, relatou que teve uma discussão com a vítima durante a madrugada e que ela se encontrava muito alterada, vindo a se bater contra as paredes da residência e que após o fato foram dormir.
Diante da suspeita, os policiais militares foram até a residência na Rua Pastor Carlos de Assunção Mena e constataram a existência de marcas de sangue no quarto do casal e no banheiro, levantando mais suspeitas, uma vez que a vítima foi socorrida aparentemente com banho tomado.
Diante das evidências, o indiciado foi preso e conduzido à Delegacia da Mulher onde a delegada ratificou a voz de prisão e registrou o boletim de ocorrência de natureza “Feminicídio” e o indiciado permaneceu preso à disposição da Justiça. O local foi periciado conforme solicitação da autoridade policial.
A delegada relatou à nossa reportagem que as agressões foram fortes, pois a vítima apresentava lesões na face (característica comum de violência doméstica) e afundamento no tórax. O casal mantinha o relacionamento há três anos, porém estiveram separados por um mês, e retornaram a convivência há dois dias.
Segundo a delegada, seria o primeiro caso de feminicídio em Votorantim. “Desde que estou aqui na DDM, é a primeira vez que vejo um caso como esse”. Ela informou que ele será julgado pelo tribunal do Júri em Votorantim. “Estou pedindo a prisão preventiva dele, que é para ele responder ao processo preso”.
Ainda de acordo com Adriana Pinto, não existem registros de queixa da vítima contra o agressor, porém há uma queixa de outra vítima por ameaça.
Familiares da vítima informaram à delegada que a ela já vinha apresentando hematomas que eram justificados por outros motivos que não condiziam com as características dos machucados. Disseram ainda que o companheiro era possessivo e ciumento.
O assassino relatou que na noite anterior estiveram em um estabelecimento noturno, onde ambos teriam ingerido bebidas alcoólicas e a discussão teria iniciado no trajeto para a casa.
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