domingo, 8 de maio de 2011

Dois votorantinenses vão ao programa Bem Estar da Rede Globo, nesta segunda-feira

Adriano Gianolla e Marcelo Soares vão participar de um simulado sobre queimaduras


O artista plástico votorantinense Adriano Gianolla irá participar pela segunda vez do programa “Bem Estar” da Rede Globo, nesta segunda-feira, 09/05, a partir das 10h. Na ocasião ele irá realizar maquiagens artísticas simulando queimaduras, no também votorantinense Marcelo Soares.

 
O Bem Estar é um programa sobre saúde, qualidade de vida e alimentação apresentado por Mariana Ferrão e Fernando Rocha, que recebem médicos e consultores no estúdio para esclarecer os assuntos e tirar dúvidas dos telespectadores. A pauta desta edição será como tratar queimaduras.

 
Com experiência no assunto, Gianolla frequentemente realiza esse tipo de trabalho em simulados Operacionais de Emergência do Grupamentos do Corpo de Bombeiros, já que o simulado fica mais real e o pronto atendimento pode ser mais eficiente.

 
O artista teve a sua primeira participação no “Bem Estar” em 21 de abril, no qual realizou maquiagens simulando machucados. Ele explica que foi contatado por e-mail, após a produção do programa conhecer o trabalho através do blog profissional que mantém e de outras páginas na internet. “Foi uma grata surpresa receber o convite e isto mostra a importância da internet como meio de divulgação para os artistas”, comemorou Gianolla.

Junto com o novo convite para participação veio a possibilidade de levar um modelo já conhecido do artista. Marcelo Soares, foi a pessoa escolhida, uma vez que possui desenvoltura frente as câmeras. “Fiquei muito contente, pois terei a oportunidade de conhecer os bastidores da produção e realizar contatos profissionais”, confidenciou Soares.

 
Marcelo Soares é cabeleireiro e maquiador, responsável por um salão de beleza da cidade, modelo e apresentador do programa “Falando sobre Sexo” na TV Votorantim Canal 10 Super Mídia.

 
O artista Adriano Gianolla é membro da Academia votorantinense de Letras, Arte e História e trabalha com a arte nas suas mais variadas formas: pintura em tela, painéis em grande escala, aerografia, escultura, fotografia artística, desenho, modelagem em látex, bonecos, cenários, animações em stop motion. Atualmente apresenta o programa “Vivendo das Artes” na TV Votorantim Canal 10 Super Mídia. Contato: http://adrianogianollaartes.blogspot.com/

 

Adriano Gianolla com os apresentadores e convidados do "Bem Estar" no mês passado

PRAZO DE 30 DIAS - Sistema viário de Votorantim receberá semáforos inteligentes

Notícia publicada na edição de 08/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 011 do caderno A

Temporizadores garantem mais segurança aos motoristas e pedestres - Por: DIVULGAÇÃO



Em 30 dias, Votorantim terá instalado seus novos conjuntos semafóricos. Os aparelhos contam com contador veicular regressivo digital e substituirão os atuais existentes nas principais vias da cidade.

 
O prefeito Carlos Augusto Pivetta destaca que a partir da instalação desses novos equipamentos outros pontos da cidade passarão a contar com conjuntos semafóricos, entre eles um na avenida 31 de Março em frente à Prefeitura; na confluência da avenida Gisele Constantino com a Cláudio Pinto do Nascimento, região do Parque Bela Vista e na avenida Octávio Augusto Rangel com a Jaziel de Azeredo Ribeiro, no Curtume.

Os equipamentos aprovados seguem os mesmos moldes do aparelho digital instalado na avenida 31 de Março com a rua Paula Ney, no Centro, que teve aprovação de motoristas e principalmente dos pedestres por causa do temporizador, dispositivo que garante uma maior segurança na hora de atravessar a via.

 
A empresa vencedora da licitação foi contratada para disponibilizar 20 conjuntos modelo focal principal com contador veicular regressivo digital microprocessado, com painel de mensagens variáveis acoplado; 22 conjuntos modelo focal para pedestre com contagem regressiva digital de tempo e movimento interativo; 28 conjuntos modelo focal repetidor e 7 conjuntos modelo focal principal com contador veicular regressivo digital (temporizador).

 
"Nosso objetivo é oferecer toda segurança e conforto aos usuários de nosso sistema de trânsito ampliando as condições de mobilidade urbana", disse o prefeito Carlos Pivetta. Ele destaca ainda que a implantação desses equipamentos faz parte do trabalho de revitalização da região central, onde todas as vias estão incluídas no programa "Recapeamento para Todos".

 
Os novos aparelhos serão dotados com contador digital interativo para pedestre, o que oferece maior segurança ao usuário através da informação visual. A meta da Secretaria de Segurança Comunitária, Trânsito e Transporte é sinalizar o início da travessia segura para pedestres: o equipamento mostra um boneco animado, criado com tecnologia Leds, simulando movimentos de passos. Ao se aproximar o final do tempo previsto para a travessia, o simulador aumenta o ritmo das passadas do boneco, em uma corrida que alerta o pedestre para o final de tempo do sinal verde.

Outra característica importante é a sua eficiência. As luzes de Led são mais duradouras e econômicas. Enquanto as luzes dos semáforos normais têm vida útil de 1.000 horas e gastam 100 watts, os Leds chegam a 50 mil horas, no mínimo, de vida útil e utilizam 10 watts apenas.

Seminário discute importância dos patrimônios imateriais à cidade

Notícia publicada na edição de 08/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 006 do caderno A

A historiadora Simone Toji, do Iphan, durante a palestra - Por: ERICK PINHEIRO


A voz grave e rouca do ex-ator de radionovelas votorantinense, José Carlos Nogueira, de 67 anos, abriu ontem o 1º Seminário de Patrimônio Imaterial de Votorantim - que contou com a participação de 100 pessoas e teve por objetivo discutir a importância do patrimônio histórico e cultural a uma cidade. A participação de Nogueira não foi por acaso. Ele trabalhou por mais de quatro décadas nas rádios da região e fez várias radionovelas. A fama aconteceu nas décadas de 1960 e 1970. E mesmo depois de aposentado, não deixou de usar a voz para entreter.

 
Além de cerimonialista da Prefeitura de Votorantim, sempre que possível faz apresentações especiais, como a de ontem. Na ocasião, a voz de Nogueira foi usada de forma lúdica para informar os participantes do seminário que há bens imateriais, que não são físicos como prédios, monumentos ou objetos históricos. "Estamos caminhando para um maior entendimento cultural da importância de patrimônios históricos na cidade. Temos uma Comissão de Patrimônio e em breve teremos um conselho. Nosso objetivo é sim proteger o que Votorantim tem, mas, antes de tudo, entender o porquê é importante", defendeu o secretário de Cultura local, Clayton Leme, organizador do evento.
Segundo a autoridade, o seminário também teve como intenção expor à comunidade o que a municipalidade tem feito em prol da própria história. "Estamos investindo na proteção da memória. Há dois anos estamos mapeando os principais bairros de Votorantim e seus moradores mais antigos. Gravamos depoimentos e editamos vídeos que relatam a própria história", falou. Segundo Leme, o projeto tem ajudado a administração a mapear a história da cidade.

 
"Só assim, saberemos o que devemos proteger, restaurar, reconstruir", destacou ele, fazendo referência ao projeto de reconstrução do antigo centro histórico, no bairro da Chave, onde havia um coreto e uma igreja, derrubados pela enchente de 1982.

 
Um dos destaques da programação foi a presença da historiadora Simone Toji, do Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), que falou exclusivamente sobre bens imateriais, como o acarajé e danças típicas da Bahia ou a culinária mineira.

Já a historiadora Débora Bergamine, consultora da Prefeitura de Votorantim, explicou os processos dos projetos históricos na cidade, como a reformulação do Museu Votorantinense e da reconstrução do Centro Histórico. Segundo Leme, a expectativa é que o seminário passe a ser realizado com freqüência na cidade. "Foi fazendo os projetos que percebemos a importância de orientar nossos colaboradores, nossa comunidade. Só com base em estudos é que teremos idéia do que há em nossa história", defendeu.


Espetáculo teatral

 
No final, os participantes interessados seguiriam a Iperó para assistir à peça "Desterro", do Coletivo Cê. O espetáculo, que fala de maneira lúdica sobre a preservação da memória, foi apresentado ontem na Fazenda Ipanema. Quem quiser, hoje também há mais uma sessão às 17h. A entrada é franca.

“TER MÃE"

Ter mãe, é como sentir-se uma flor, presa ao galho que a segura, alimenta e embala. Ter mãe, é sentir-se uma lâmpada que recebe energia e se acende, iluminando seus caminhos pelo mundo. Ter mãe, é como se tivesse ao seu lado, o tempo todo, uma completa biblioteca de livros que orientam, o como fazer nas chamadas horas “H”. Ter mãe, é poder sair por aí, cometendo as maiores loucuras, fazendo e acontecendo e na primeira rasteira do destino, voltar e encontrar o aconchego do seu colo, muitas vezes sem perguntas e afagá-lo. Ter mãe, é vê-la disponibilizar todo o seu tempo, carinho e conhecimentos na intenção única de encaminhá-lo bem, não conseguindo seu intento, continuar gostando, amando e apoiando esse filho no seu insucesso. Sorte daquele, que ainda tem ao seu lado, de maneira presencial, alguém que seja ou possa ser considerada como mãe. Ter mãe, é mesmo não estando presente, da pra gente um ar de proteção, uma sensação de carinho e afeto, nos impulsionando e nos encaminhando, pelos caminhos da vida, colocando em prática, suas orientações e conhecimentos. Agradeço muito à minha mãe, pelo jeito que conduzi minha vida, até hoje.

Por: Cesar Alvarenga

Assassino de motorista é reconhecido e preso

Notícia publicada na edição de 08/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 004 do caderno A

Ele estava escondido num haras, mas foi denunciado - Por: PM/DIVULGAÇÃO


O ajudante geral Marcos Flávio Daniel da Silva, 30 anos, foi preso acusado de ter matado a tiros o motorista da dupla sertaneja Gilberto e Gilmar, Carlos de Oliveira, mais conhecido por Carlinhos. O suspeito foi detido ontem, às 18h30, em um haras no bairro Carafá, em Votorantim.

O crime aconteceu anteontem no Parque Jataí, em Votorantim, em frente a uma praça no trecho em que a rua Luiz Caetano Bernardi faz confluência com a rua Levante Santucci. Carlinhos estava ao lado do mecânico Gustavo José de Almeida, na parte traseira do seu ônibus, que tinha apresentado problemas. Foi quando Silva teria se aproximado com um revólver e atirado nos dois braços e na cabeça do motorista.

A Polícia Militar encontrou Silva graças à ajuda de populares. Denúncias indicaram que o provável assassino estaria no haras situado no bairro do Carafá, local onde ele prestava serviço com frequência.

Os policiais cercaram o local e encontraram o suspeito no interior do haras. Ele tentou fugir, mas foi detido e encaminhado à Delegacia de Votorantim. O mecânico reconheceu Silva e afirmou que ele estava com as mesmas vestimentas usadas no dia do crime.

'Tive um filho e na verdade ganhei dois'

Notícia publicada na edição de 08/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno E -
 
Conheça a história da dona de casa e ex-catadora de recicláveis, Rita Ribeiro da Silva, de 34 anos. Em 2004, ela conviveu com o drama de ter os filhos trocados na maternidade, situação que lhe rendeu inúmeros problemas. Por obra do destino, "virou" mãe das duas crianças: Vitor e Giuliano
Vitor e Juliano, que nasceram no mesmo dia e na mesma hora, viraram irmãos gemeos - Por: Erick Pinheiro
 
A história da dona de casa Rita Ribeiro da Silva, de 34 anos, saiu do roteiro comum, de mãe e filhos, quando, no dia 19 de julho de 2004, uma companheira de quarto da maternidade da Santa Casa de Votorantim perguntou se o nome dela era outro, conforme estava escrito no berço do então filho recém nascido. "Ali, percebi que havia coisa errada", recorda. E havia mesmo. O bebê que estava no berço ganhou o nome de Giuliano, conforme ela planejava. Mas não era seu filho biológico. Era filho de outra moça, residente em Piedade e que havia dado à luz um menino também no mesmo dia e horário que ela havia tido o seu.

No entanto, Rita o levou para casa, apesar da desconfiança. "Sou negra e o bebê era branco. Conforme isso foi se definindo, ele ficando clarinho, loirinho, meu marido começou a desconfiar da paternidade e como achou que eu o havia traído, me abandonou", lamenta. Porém, consciente de que não havia feito nada de errado, Rita ressalta que foi atrás do hospital para descobrir o que aconteceu. Depois dos primeiros contatos, o caso veio à tona. Outra família, de Piedade, estava com seu filho, então chamado de Vitor. A entidade confirmou a troca por meio de testes de DNA e a Justiça foi avisada.

Um ano depois, ela e a outra família tiveram que destrocar os bebês por ordem judicial. Mas isso não acalmou o coração de Rita. "Desde o início, eu sabia que a criança que estava comigo não era meu filho. Me questionava onde estava o meu filho. E depois, quando descobri, não me aquietei. Não queria devolver o bebê que tinha criado. Queria os dois pra mim. Fui teimosa, pedi à Justiça tempo para a destroca. Eu tinha que acostumar com a situação e as crianças também", detalha ela, que, enquanto queria os dois, vivenciou a rejeição da outra mãe com o filho biológico.

"Desde o início eu queria os dois e ela disse que preferia o que ela criava e, se fosse para destrocar, então ela preferia não ficar com nenhum", lamenta. Houve um período de adaptação por parte das famílias mas, em poucos meses, a Justiça decretou que Rita ficasse com as duas crianças. "Devolvi o Giuliano para a família, mas meu coração vivia angustiado. Mãe sente as coisas. Mas eu achava que jamais me dariam ele, pois sou pobre. Por fim, me deram e eu chorei como nunca", diz ela. Giuliano foi retirado dos pais biológicos por maus tratos e negligência, pois não era cuidado como prevê a lei.

Apesar de ter ficado com os dois bebês, Rita lamenta o que ocorreu com o filho de criação. "Adoro esse menino, mas fico triste por ele, por hoje ter que explicar o inexplicável, o abandono, a rejeição". Porém, apesar disso, ela se diz feliz. "Eu já era pobre e continuo pobre. Tive um filho e na verdade ganhei dois. Depois, tive mais uma criança. Passamos dificuldades, mas, apesar disso, me considero uma mãe sortuda", avalia.

Processos
O caso de Rita se transformou em três processos judiciais encabeçados pelo advogado José Roberto Galvão Certo. As três ações são por danos morais contra a Prefeitura de Votorantim/Hospital Santa Casa, pois o hospital é municipal. Um deles tem como vítima a própria dona de casa, explica o advogado, que foi lesada pela troca, sofreu como mãe, foi acusada de traição, sofreu abandono, teve que destrocar as crianças, desmamando com urgência o filho de criação e verificando maus tratos a ambos e, posteriormente, assumindo a maternidade dos dois, sem condições financeiras para criá-los.

As outras duas ações têm como vítimas as crianças que, segundo Galvão, sofreram danos psicológicos com o erro. De acordo com Galvão, diante da precariedade com que Rita cuida das crianças, a sugestão de indenização é de cerca de R$ 600 mil por processo. No entanto, segundo o advogado, apesar das ações terem sido abertas entre 2009 (Rita) e 2010 (crianças) e as partes já terem sido citadas, nenhuma audiência ainda foi marcada. "Lamento porque acredito que a Rita é um grande exemplo de mãe e mulher vencedora, que apesar de tudo, lutou e luta por seus filhos", afirma. Procurada, a Prefeitura de Votorantim informou apenas que o caso está na Justiça.

TROCADOS NA MATERNIDADE - Apesar dos problemas financeiros, crianças estão bem e felizes

Notícia publicada na edição de 08/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 004 do caderno E

Leila Gapy


Morando na casa da sogra, Rita vive com seus cinco filhos, custeados pela pensão de R$ 300 - Por: ERICK PINHEIRO




"Os heróis são aqueles que tornam magnífica uma vida que já não podem suportar", já dizia no início do século passado, o escritor francês, Jean Giraudoux. A frase tem quase cem anos, mas ainda cabe aos dias de hoje. Pelo menos na vida da dona de casa e ex-catadora de material reciclável, Rita Ribeiro da Silva, de 34 anos, a frase faz sentido. Na contramão de mães que abandonaram seus filhos - como o caso de Rosineide de Salles Lins, de 39 anos, que virou notícia no país após ser filmada deixando sua filha num contêiner de lixo, em Praia Grande, na semana passada -, Rita resume em sua vida que a capacidade de amar e ser mãe não tem relação com vida financeira, grau de instrução, raça ou religião.

Em 2004, a dona de casa, que já era mãe de duas meninas, teve um menino que foi trocado na maternidade; foi acusada de adultério e abandonada pelo marido. Na sequência, descobriu a troca e foi obrigada a destrocar os bebês, então com um ano de vida. Ela vivenciou a constatação de maus tratos às crianças por parte da outra família envolvida. Por fim, como os maus tratos foram constatados, mesmo pertencendo a classe de baixa renda votorantinense, adotou seu filho de criação. Quando a troca dos bebês foi descoberta, Rita se reconciliou com o marido, Cláudio Gonçalves Machado, falecido há seis meses, com quem teve mais uma filha.

Hoje, viúva e mãe de cinco filhos (quatro biológicos e um adotivo), todos crianças, Rita se supera diariamente na arte de sobreviver em condições precárias e manter a família unida. "Tudo que tenho são eles. Meus amores. Faço tudo por eles. Pois não movi terras por eles? Sou mãe mesmo, com todas as letras", diz ela, que não terminou o ensino fundamental, vive de favor na casa da sogra e se mantém com a pensão de R$ 300 do marido. "O dinheiro é pouco, mas dá para comer. Tem bastante gente que ajuda também, com roupas e alimentos", fala ela, que é moradora do parque Bela Vista. A dona de casa assume que sua condição não é fácil.

Segundo Rita, a mãe dela tem um terreno no bairro, onde ela tinha um barraco de madeira e papelão. "Tivemos que sair de lá porque corríamos riscos de acidente. A Prefeitura nos autorizou a construção de casa de alvenaria, mas não tenho condições", explica. Por isso, ela e as crianças estão num salão improvisado na casa da sogra. Os móveis fazem a divisão dos cômodos. As roupas, alimentos e brinquedos são empilhados, devido a falta de espaço. As crianças vestem roupas doadas e, por vezes, em más condições.

Mas apesar disso, todas elas (Giovana, de 10 anos, Giulia, de 9 anos, Giuliano e Vitor, de 6 anos, e Valentina, de 3 anos) estão, visivelmente, bem cuidadas. São sorridentes, brincam o tempo todo como crianças, chamam a atenção com os sorrisos e beleza. "Quando estão todos juntos, a casa vira uma bagunça. Eu dividi a criançada em períodos na escola, metade vai pela manhã, outra à tarde. Tudo para eu conseguir dar conta deles mesmos e da casa. À noite, a casa é uma bagunça só. Mas é alegria, alegria da minha vida", afirma ela.


O dente é igual


Quanto aos meninos, Vitor (biológico) e Giuliano (adotivo), eles se acham gêmeos. Nasceram no mesmo dia e mesma hora. "Só que ele é branco e eu sou negro", avisa Vitor. Questionado sobre quais as outras diferenças físicas, ele acrescenta: "O dente." Giuliano interrompe então e garante: "Não são não, são iguais, brancos. O seu está meio amarelo, mas é branco também." Já Vitor prossegue: "Eu ia falar que você está com janela e eu ainda tenho todos, ó", e abre o sorriso. As crianças garantem que se amam e brincam o tempo todo. Giuliano sabe que é filho "do coração" de Rita.

Segundo ela, há pouco tempo ele começou a questionar sobre a diferença racial. "Optei por não mentir nunca. Falei outro dia que a mãe biológica dele achou melhor ele ficar comigo", detalha ela. E acrescenta: a outra família não se faz presente, raramente vai à sua casa para ver a criança. Segundo ela, é o melhor para todos. "Eu sou louca por esse menino, desde sempre. Acho que mãe é quem cria e eu sou a mãe dele. Não há mais o que conversar ou questionar", diz ela, que espera somente conseguir criá-los diante da honestidade e da bondade. "Quero que estudem e sejam felizes", finaliza.

LIBERADAS HÁ UM MÊS - Marginais da Raposo dividem opiniões

Notícia publicada na edição de 08/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 11 do caderno A

Usuários reclamam do fechamento de alguns acessos, como o do Campolim, e defendem maior velocidade nas vias
Fernando Guimarães
 
Com a construção das marginais, houve uma redução de 36% no número de acidentes, em abril deste ano, segundo a concessionária - Por: Luiz Setti


Pouco mais de um mês da liberação das novas marginais da rodovia Raposo Tavares para o fluxo local, os usuários dizem que houve algumas mudanças positivas e outras negativas nos sistemas de sinalização e configuração das pistas. A CCR-Viaoeste, concessionária que administra o eixo Raposo Tavares e Castelo Branco, fez alterações em alguns pontos de confluência do trânsito, fechou acessos e construiu baias para paradas de ônibus. Contudo, ainda há o que ser feito, como grades de proteção no viaduto dos jardins Capitão e Novo Mundo, a fim de evitar acidentes com pedestres, e reconfiguração de trechos perigosos aos motoristas, por exemplo, o acesso da alça do mesmo viaduto do Jardim Capitão para a marginal sentido interior-capital.

De 15 usuários entrevistados, oito criticaram todas as mudanças feitas até agora, cinco dividem a opinião e dois acreditam que irá melhorar. Hermes Damaceno, de 42 anos, acredita que as obras que vêm sendo feitas vão melhorar a situação. João Albuquerque Gomes preocupava-se com a velocidade nas marginais e com os radares. Ele acha essencial o controle de velocidade com uso desses equipamentos, mas defende agilidade no trânsito nas marginais.

Outros usuários reclamaram do fechamento de alguns acessos. Exemplo disso foi o acesso ao Campolim, na marginal sentido capital. Para chegar a este bairro, obrigatoriamente, o motorista tem de pegar a marginal, logo no começo, caso contrário não conseguirá acessar ao Campolim. Isso gerou as queixas de motoristas que, embora tenham desaprovado a confluência em transposição de pistas, reclamam do fato de perderem o acesso à marginal e não conseguirem chegar, pela rodovia, ao Campolim.

Se isso ocorrer, a única alternativa do usuário é descer com sentido à avenida 31 de Março, em Votorantim, fazer a rotatória (que passa por readaptação em todo o trecho), acessar a marginal no sentido contrário para, então, pegar a alça do viaduto para o Campolim. Da mesma forma quem estiver na avenida Antônio Carlos Comitre e quiser pegar a marginal ou a rodovia no sentido capital, terá de fazer todo o retorno como se fosse para o shopping ou hipermercado, entrar novamente na avenida para, então, seguir o rumo desejado. "Parece que quanto mais mexe, pior fica?", dispara o autônomo Marcos Rogério Assunção Rubionato, de 32 anos.

Velocidade incompatível
João Vieira de Paula Júnior, morador de Salto de Pirapora, reclamou dos radares móveis e, também, da incompatibilidade da velocidade máxima para as marginais. "Vale a pena um investimento desse porte para ter uma velocidade máxima de 60 km/h controlada por radar? Não seria mais barato fazer uma estradinha de terra para ter essa velocidade?", ironiza. Quem procura manter a velocidade de 60 km/h nas marginais trafega na faixa da direita e, mesmo assim, percebe que a velocidade poderia ser maior, já que muitos outros passam a 80 ou 90 km/h pela outra faixa. O acesso para o Campolim citado por um dos motoristas antes tinha os chamados "pirulitos", porém, a concessionária removeu-os dali e instalou, por exemplo, no estreitamento de pista existente pouco depois do viaduto da avenida Armando Pannunzio, no sentido capital.

Com relação às baias de parada para ônibus, usuários têm elogiado o espaço, porém, em um ponto situado em frente ao bairro Vila Sabiá ainda não há baia e os ônibus são obrigados a parar na faixa da direita para embarque e desembarque. A agravante é que essa parada fica numa semicurva, dificultando a visibilidade de outros motoristas que acabam desviando em cima da hora. Em um ponto do Jardim Novo Mundo, a dona de casa Regina Firmino da Rocha, de 34 anos, que amamentava a filha de 1 ano, disse que agora ficou bom com a baia construída. "Quinze dias atrás, a minha sogra foi descer lá perto da Coca-Cola, pois os ônibus não paravam aqui", afirma. Junto com ela estava o marido José Gomes de Campos, de 50 anos, e a outra filha, Fernanda Gomes, de 18 anos.

Menos acidentes
Mesmo estando em obras e tentando resolver algumas das queixas dos usuários, a Viaoeste comemora a redução do número de acidentes ocorridos entre os quilômetros 95 e 105, onde estão implantadas as marginais. Segundo dados da concessionária, pouco mais de um mês depois da liberação das marginais, houve 36% acidentes a menos, no mês de abril deste ano, comparando-se com o mesmo período do ano passado, quando ainda não existiam as marginais. Em abril passado, foram registrados 25 acidentes contra 39 do ano anterior.

As marginais da Raposo foram construídas para separar o tráfego de longa distância do tráfego local e desafogar a via expressa. Esta medida, que já gerou mais fluidez no trecho, foi responsável pela redução de 56% no número de colisões traseiras, tipo de acidente mais comum na região. De acordo com a Viaoeste, neste primeiro mês de operação, mesmo com os motoristas ainda se habituando ao novo trajeto, mais de 40% dos 54 mil veículos, que circulam diariamente pelo trecho mais movimentado da Raposo Tavares, já migraram para as vias marginais, reduzindo os congestionamentos, principalmente em horários de pico.

Projeto desloca aula para o teatro

Notícia publicada na edição de 08/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno C
Maíra Fernandes
"Ouvir para Crescer" terá a participação de cerca de 2 mil alunos da rede estadual e do núcleo de música oferecido pelo município
Quatrocentos estudantes das escolas Antonieta Ferrarese, Armando Rizzo e Alice Rolim de Moura Holtz participam da apresentação - Por: Fábio Rogério
Troque a clássica sala de aula por um teatro e os professores por atores e músicos. Pode até parecer um show, e de fato, é. Mas também é uma aula. Essa é a proposta do projeto "Ouvir para Crescer", que começou na última terça-feira, em Votorantim, e terá a participação de cerca de 2 mil alunos da rede estadual de ensino e dos alunos que participam do núcleo de música oferecido pelo governo municipal. O projeto, desenvolvido pela Sociedade de Cultura Artística em parceria com a RVA Cultural e que conta com o apoio do Instituto Votorantim, faz parte de uma parceria da Prefeitura de Votorantim com a Diretoria Regional de Ensino.

Os espetáculos, com um leve toque pedagógico, são bastante interativos e buscam sensibilizar o ouvinte, fazendo com que ele descubra as fontes de expressão da linguagem musical, desde os elementos básicos até construções harmônicas mais complexas. "A história da música, as características do som, o ritmo, os gêneros e as formações musicais foram alguns dos conceitos passados ao público em uma interação lúdica entre palco e platéia. Concerto a concerto, a principal fonte de inspiração é a experiência auditiva, proporcionando aos espectadores oportunidades de ampliar e aprimorar aptidões para ouvir e fruir esta rica forma de expressão humana que é a música", resume o material de divulgação.

Interação
Na terça-feira, cerca de 400 estudantes das escolas estaduais "Antonieta Ferrarese", "Armando Rizzo" e "Alice Rolim de Moura Holtz", de Votorantim, participaram do projeto e assistiram ao espetáculo "O Tempo na Música: Pulso", o primeiro dentro do projeto, que reúne outras sete apresentações e coloca o público diante do mundo da música. Com apresentação do grupo "João Cuca e Rafael Pimenta Show", o espetáculo contou com o Trio das Terças, formado pelos atores Paulo Oliveira Bailarinos, Sérgio Rocha e Agnaldo Bueno.

Os ritmos tradicionais da cultura brasileira que animaram os alunos, de 12 a 14 anos, foram: samba de roda, frevo e o clássico Trenzinho do Caipira, composição de Heitor Villa-Lobos. As músicas seguiam intercaladas por explicações animadas sobre o tempo na música, pulsação, batida e outras características do fazer musical. Para encerrar o primeiro dia, os atores apresentaram um pout-pourri do músico Tim Maia, que animou os jovens. Tanto que ao final, em coro, pediram bis.

Os músicos atenderam ao pedido do público e, mais uma vez, subiram ao palco para dar mais uma aula de som e ritmo, com passos de catira. "Foi muito bom. Aprendi não só a ouvir a música, mas a prestar atenção no pulso da música e no seu ritmo seja ele: lento, moderado ou rápido", disse o estudante Gilcinei Feitosa, 13 anos. A intenção do projeto é que o processo continue na sala de aula. Por isso, os professores recebem um caderno de exercício para serem trabalhados com os alunos.

Cronograma
O projeto prosseguirá até o dia 21 de junho, sendo desenvolvido todas as terças-feiras, no auditório Municipal "Francisco Beranger". O próximo espetáculo será no dia 10 às 14h30, quando será apresentado o espetáculo "O Som: a matéria-prima da música". No dia 17, "O Ritmo: quando o tempo vira arte"; no dia 24, " Melodia e Harmonia: cada nota em seu lugar"; no dia 31, "Gêneros Musicais: música erudita". Na primeira terça-feira de junho, dia 7, será apresentado o espetáculo "Gêneros Musicais: música popular"; no dia 14, "Ópera: a música agregando artes" e, para finalizar, no dia 21, "Grandes Formações: música para ser regida", com participação da Sinfonieta da Cidade de Tatuí.

Preso suspeito de ter matado motorista de dupla sertaneja

Da Redação / TV Tem

A arma não foi localizada


Preso em Votorantim o suspeito de ter matado o motorista do ônibus da dupla Gilberto e Gilmar, na última sexta-feira. Por meio de denúncia anônima, a Polícia Militar chegou até um sítio, na estrada do Carafá. Lá encontraram Marcos Flávio Daniel da Silva, de 30 anos. Ele disse que só prestaria esclarecimento na presença de um advogado. No sítio, foram encontrados a moto e o capacete usados no dia do crime. A arma não foi localizada. Marcos cumpre prisão preventiva no CDP de Sorocaba.

Ouça a Rádio Votorantim